Pelo menos 11,3 mil reclamações referentes ao sistema metropolitano de transporte público de passageiros da região metropolitana de Belo Horizonte foram registradas pelo Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem (DER-MG) no ano passado.
Os principais protestos dos passageiros são em relação à superlotação, quadro de horários e o estado de conservação dos veículos. As cinco linhas mais questionadas acumulam, juntas, cerca de mil ocorrências. Ao todo, são 615 linhas.Publicidade
Apesar do número alto de queixas, houve uma queda de 14% em relação a 2020, quando foram registradas mais de 13 mil denúncias.
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A gerente de pet shop Renata Coelho Barbosa, de 47 anos, pega diariamente o 2290, que liga o bairro Nacional, em Contagem, a BH. É a única opção dela para chegar no serviço, em Nova Lima. Publicidade
De acordo com a passageira, os ônibus estão sempre lotados, muita gente não usa máscara, desrespeitando as normas de segurança contra a Covid-19, e há vários sinais de má conservação, como janelas e bancos quebrados. “Já fizemos várias denúncias, mas não avançou”.
Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram) afirmou que não teve acesso aos dados apresentados pelo DER, mas investigará as causas das reclamações e o impacto delas no sistema de transporte metropolitano.
“A partir daí, será possível sanar as falhas operacionais que forem de responsabilidade das concessionárias associadas ao Sintram”, diz o comunicado.
Consórcios e linhas mais reclamados em 2021
- Dom Pedro I – São José da Lapa – Estação Vilarinho (329 reclamações)
- bairro Nacional – BH (244 reclamações)
- Ceasa – BH via Ressaca (155 reclamações)
- bairro Conceição Itaguá – BH (151 reclamações)
- Terminal Morro Alto – BH via av. Antônio Carlos (134 reclamações).