A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu nesta sexta-feira (21 de fevereiro) o segurança Fabiano de Araújo Leite, de 44 anos, condenado por envolvimento na morte do fisiculturista Allan Guimarães Pontelo, ocorrida em setembro de 2017 na extinta boate Hangar 677, no bairro Olhos D’Água, região Oeste de Belo Horizonte. Fabiano, que havia sido condenado a 13 anos de prisão em 2022, respondia à sentença em liberdade, mas foi preso após decisão judicial recente.
Prisão após recurso
O segurança se apresentou no Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico (Denarc), no bairro São Cristóvão, em Belo Horizonte, após o Poder Judiciário determinar sua prisão. A decisão ocorreu após o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) confirmar, em 18 de fevereiro de 2025, a culpabilidade de Fabiano em relação à morte de Allan Pontelo.
Relembre o caso
O crime aconteceu na madrugada de 2 de setembro de 2017, quando Allan Pontelo, então com 25 anos, foi brutalmente agredido por seguranças da boate após ser acusado de estar comercializando drogas. A Polícia Civil concluiu que dois seguranças flagraram Allan no banheiro e, após acusá-lo, o levaram para uma área restrita da boate, onde foi espancado até a morte. A causa da morte foi identificada como asfixia mecânica por constrição extrínseca do pescoço, com diversas lesões no corpo, conforme o laudo de necropsia.
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou Fabiano e outros seguranças, incluindo William da Cruz Leal e Carlos Felipe Soares, que já haviam sido condenados a 15 anos de prisão em 2020. Paulo Henrique Pardim de Oliveira, outro segurança envolvido, foi condenado a 11 anos de detenção no mesmo ano.
Defesa
A defesa de Fabiano, representada pelo advogado Alexandre Marques de Miranda, ainda não se manifestou sobre a prisão.
A tragédia envolvendo Allan Pontelo, que era natural de Sete Lagoas, e o caso de Henrique Papini, que sofreu agressões em 2016, seguem como marcos de violência associada a estabelecimentos noturnos em Belo Horizonte.
Fonte: O Tempo.