Com o aumento de roubos e furtos a residências em Belo Horizonte, medidas de segurança têm se tornado indispensáveis para moradores. De acordo com especialistas, a prevenção é o melhor caminho para evitar prejuízos e traumas.
Karla Aleixo, advogada e moradora do Alto Caiçaras, compartilhou as mudanças feitas em sua casa após perceber a vulnerabilidade da região. “Aumentei o muro, coloquei concertina, fechei o portão e adquiri dois pit-bulls. Os policiais sugeriram isso como uma estratégia contra assaltos”, contou. Na vizinhança, casas e comércios têm sido alvos frequentes de criminosos.
Para Pedro Henrique Amorim, empresário do setor de segurança, investir em proteção não é um gasto, mas uma forma de preservar a família e o patrimônio. Ele destaca soluções como portarias remotas, monitoramento por inteligência artificial e redes de câmeras coletivas como ferramentas eficazes. “O criminoso prefere locais menos vigiados. A segurança é um compromisso compartilhado entre a polícia e a população”, reforça Luis Flávio Sapori, especialista em segurança pública.
Além de medidas tecnológicas, iniciativas comunitárias têm se mostrado eficientes. O programa Rede de Vizinhos Protegidos, da Polícia Militar, reúne mais de 17 mil pessoas em Belo Horizonte. Moradores compartilham informações sobre atividades suspeitas em grupos de WhatsApp e têm acesso direto à PM. “Essa interação traz mais tranquilidade. Já presenciamos abordagens que evitaram crimes”, relatou Leila Bueno, líder de uma rede no bairro Maria Tereza.
Apesar dos esforços, o sentimento de insegurança persiste. Um levantamento do site Numbeo classificou BH na 47ª posição global em percepção de insegurança, com destaque para problemas em habitações. Adicionalmente, quadrilhas como o “Bonde dos Menores”, especializadas em invasões a prédios de luxo, intensificam os desafios.
Diante desse cenário, o recado dos especialistas é claro: proteger o imóvel e cooperar com vizinhos e autoridades são passos fundamentais para reduzir riscos e aumentar a sensação de segurança.