Quem gosta de cuidar da saúde e também do futuro, pode ficar na dúvida na hora de escolher serviços como seguro de vida ou plano de saúde. Todavia, para conseguir fazer a escolha certa é necessário primeiro conhecer e entender as desvantagens e vantagens de cada um desses planos. Sendo assim, a partir de agora vamos esclarecer as principais dúvidas de ambos os planos.
Antes de mais nada, é necessário saber que plano de saúde e seguro de vida são coisas completamente diferentes. Sendo assim, o plano de saúde é um serviço no qual empresas privadas oferecem atendimentos como consultas, exames e cirurgias, mediante a pagamentos mensais feitos pelo cliente. Esse plano pode ser individual, familiar, coletivo, empresarial etc. Nesse contexto, quanto mais pessoas estiverem incluídas no plano, mais caro ele poderá ser.
Já o seguro de vida é uma espécie de proteção financeira do segurado para sua família, em caso de morte, acidente ou doenças graves. Qualquer pessoa que tenha mais de 18 anos pode contratar o seguro, pagando um valor à vista ou mensal por toda a vida.
Assim, caso o segurado acabe falecendo, a família irá receber uma indenização para ajudar nas despesas e no sustento familiar, enquanto se recuperam da dor da perda. Contudo, vale ressaltar que em casos de doenças graves como câncer ou invalidez, o segurado também pode receber o seguro para manter o equilíbrio financeiro durante todo o tratamento.
Apesar do direito à saúde ser reconhecido pela Constituição Federal Brasileira, o SUS (Sistema Único de Saúde), nem consegue oferecer o atendimento e a infraestrutura que os pacientes realmente precisam em um curto período de tempo. De acordo com um levantamento realizado pelo Datafolha, 45% dos pacientes do SUS relataram ter aguardado mais de 6 meses por uma simples consulta de rotina. Por isso, muitos recorrem ao plano de saúde, onde as consultas são mais rápidas e personalizadas.
No caso do seguro de vida, o medo da violência e a chegada de doenças perigosas como o vírus da Covid-19, é um dos motivos que levam os cidadãos a recorrerem ao seguro com mais frequência, a fim de garantir que a família não entre em uma crise financeira em caso de morte do chefe de família.
Nos últimos anos, a procura por planos de saúde e seguro de vida vem aumentando de forma considerável. Segundo dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados), houve um crescimento de 17,8% na procura de seguro de vida na região sudeste no primeiro semestre de 2022. Acredita-se que este aumento se deve a pandemia do coronavírus, que ceifou mais de 680 mil vidas nos últimos dois anos. Em contrapartida, segundo a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), 2021 registrou um crescimento contínuo na procura por planos de saúde, em todo o Brasil, principalmente nas regiões mais ricas como Minas Gerais, Paraná e São Paulo.
Ainda segundo a ANS, mais de 53% dos contratantes de planos de saúde no Brasil são mulheres, em sua maioria na faixa dos 30 aos 40 anos, idade considerada de maior estabilidade financeira. Elas costumam usar os planos no dia a dia, entre outros motivos, tanto para consultas eletivas, quanto para fazer o pré-natal e também, cuidar da saúde dos filhos com as consultas regulares e aplicação de vacinas.
Por outro lado, o Insurance Barometer Study aponta que 58% do público masculino das classes A, B e C possuem seguro de vida, enquanto apenas 47% das mulheres optam por esse tipo de plano. Entre outras explicações, a disparidade salarial entre homens e mulheres é um dos motivos apontados pela pesquisa, afinal, apólices de seguros não são muito baratas e sabe-se que as mulheres ganham salários mais baixos em relação a homens, mesmo quando exercem a mesma função.
Apesar dos números de contratantes parecerem animadores, apenas 15% dos brasileiros em geral realmente possuem algum tipo de plano de seguro de vida. Segundo pesquisa feita pelo antigo Ibope (atual Ipec) a disparidade entre as classes sociais é alarmante. Enquanto quase 30% dos públicos de classe A/B possuem o seguro, apenas 5% da classe D/E mantém o pagamento do seguro de vida em dia. Já outra pesquisa feita pelo SPC e CNDL, indica que quase 70% dos brasileiros não têm nenhum plano de saúde.
Enquanto nas classes A/B, 55% pagam o plano de saúde sem maiores problemas, na D/E apenas 23% conseguem pagar em dia. Aliás, vale destacar que a maioria dos planos dessa faixa é pago pela empresa em que trabalham e por isso, as taxas são baixas visto que o desemprego anda em alta pelo Brasil.
Todavia, as vantagens de se adquirir um plano de saúde vão desde ter acesso a uma consulta com maior facilidade, passando pela infraestrutura de qualidade e garantia de atendimento. No caso das desvantagens, o preço considerado alto demais para padrões de vida mais baixos, é o maior vilão. A respeito do seguro de vida, a maior tranquilidade financeira, cobertura de doenças graves e proteção para o cônjuge são apontadas como os principais motivos pelos quais o segurado costuma contratar esse tipo de plano.
Como desvantagens, o preço e a não cobertura do plano em alguns casos específicos como pessoas com profissões muito arriscadas ou com doenças graves demais, são as principais reclamações de alguns contratantes.
Portanto, para escolher qual plano é melhor, é preciso analisar a situação individual de cada cidadão, já que plano de saúde e seguro de vida são coisas bem distintas e o ideal seria que todos os brasileiros tivessem acesso aos dois.
No entanto, diante da crise financeira que o país enfrenta, nem todo mundo pode ter acesso a ambos. Assim, para quem precisa realizar consultas frequentes e quer acesso a uma infraestrutura melhor para cuidar da saúde de toda a família, optar pelo plano de saúde pode ser a melhor opção.
Já quem pensa no futuro e quer garantir que os familiares não sofram ou tenham perdas financeiras, o ideal é garantir a segurança de todos com um bom seguro de vida.
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