Seguro residencial tem que cobrir alagamentos e inundações? Veja mitos e verdades

Por Dentro De Tudo:

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Nos últimos anos, o Brasil enfrentou desastres naturais que resultaram em prejuízos significativos. Entre 2000 e 2024, eventos como chuvas intensas e alagamentos causaram danos que superaram R$ 600 bilhões, segundo o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional. O impacto nas habitações foi alarmante, com perdas de cerca de R$ 57 bilhões e mais de 9 milhões de pessoas afetadas, entre desabrigados e desalojados. De 2022 a 2024, os valores indenizados por alagamentos e inundações totalizaram apenas R$ 84 milhões, representando uma fração mínima dos prejuízos materiais estimados em R$ 30 bilhões.

Apesar da gravidade da situação, apenas 20% das 90 milhões de residências no país possuem seguro residencial, e menos de 0,14% desse total inclui cobertura para alagamentos e inundações, conforme levantamento da Susep, a Superintendência de Seguros Privados. A cobertura para esses eventos não é obrigatória, sendo uma opção adicional no seguro residencial, que por sua vez, já inclui riscos como incêndio e explosão.

Dentre as coberturas adicionais disponíveis, estão alagamentos, danos elétricos e roubo de bens, mas a adesão a essas opções ainda é baixa. Para aumentar a inclusão dessa proteção, a Susep abriu uma consulta pública até setembro de 2025, buscando sugestões da sociedade. O coordenador da Susep, Paulo Miller, mencionou quatro possíveis caminhos, incluindo a obrigatoriedade da cobertura para alagamentos nas apólices básicas.

Após a consulta, a Susep analisará os feedbacks e poderá propor novas normas, um processo que pode levar de três a seis meses, seguido de um período de adaptação para as seguradoras. O debate sobre seguros de catástrofe no Brasil ainda está em desenvolvimento, refletindo a necessidade de aprimorar a proteção contra desastres naturais.

No contexto dos seguros residenciais, há muitos mitos e verdades que podem confundir os consumidores. Por exemplo, o custo do seguro pode variar bastante e não é necessariamente elevado, podendo ser acessível. Além disso, a cobertura para incêndios e roubos é obrigatória, mas danos por alagamentos precisam ser contratados como uma opção adicional. A crença de que apenas imóveis de alto padrão precisam de seguro é equivocada, pois qualquer residência pode se beneficiar dessa proteção.

É importante destacar que a cobertura para enchentes não é automática e a causa da entrada de água é relevante para a cobertura. Alagamentos, inundações e enchentes possuem definições e coberturas distintas. Por fim, a ideia de que não é necessário seguro porque nunca houve problemas é um mito, já que imprevistos podem ocorrer a qualquer momento, e a proteção é essencial para evitar perdas financeiras.

Para mais informações, entre em contato pelo e-mail [email protected].

Crédito da foto: InfoMoney. Fonte: InfoMoney.

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