Em meio a forte onda de calor, com recorde de temperatura nos últimos dias, moradores buscam alternativas para superar a falta de água em Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte. O serviço está comprometido desde a última semana. Por causa do problema, moradores precisaram comprar galões de água mineral para consumo e até mesmo para conseguir tomar banho. Eles afirmam que já procuraram a Copasa, que não justificou a causa do desabastecimento. A companhia foi questionada pela reportagem, mas ainda não se manifestou.
“É uma situação que parece não ter fim. No último domingo (24), eu e o meu marido tivemos que comprar dois galões de água para conseguir tomar banho. Cada um custou R$ 15”, relata a assistente comercial Carol Costa, de 26 anos, moradora da rua Araçá, no bairro Gávea II. O problema, segundo ela, não atinge apenas a sua família, mas centenas de moradores do conjunto habitacional onde reside. “São 140 apartamentos. Agora, imagina se em cada um tiver pelo menos 2 pessoas? Imagina a quantidade de gente prejudicada”, desabafa.
O problema enfrentado pela assistente comercial é o mesmo de moradores de outros bairros de Vespasiano. Segundo a prefeitura, falta água nos bairros Santa Clara, Jardim da Glória, Morro Alto, Nova Pampulha, Nova Pampulha 3ª e 4ª Seção e na região central. Por meio de nota, a Prefeitura de Vespasiano garante que noticiou a Copasa a cerca de quatro dias e que também cobrou uma solução para o problema.
“As contas não param de chegar, mesmo a sente sem água. Eu trabalho no Lourdes, em BH, e não falta água um dia sequer”, questiona a assistente comercial Carol Costa. Além do desconforto, o problema, segundo ela, coloca em risco à saúde de crianças e idosos. “O nosso condomínio tem várias crianças, minha vizinha tem um bebê de um ano. É uma situação que a gente já não sabe mais o que fazer”, completa.
A insatisfação com servido e a preocupação com a saúde também fazem parte da rotina da técnica de enfermagem Gicelle Navarro, de 43 anos. “Falta água todos os dias, aqui mesmo, essa semana, foram duas vezes já, a gente fica refém dessa situação. Não tem como se hidratar, as plantas também sofrem e a gente fica refém dessa situação. Como moramos em um condomínio, tem uma reserva, mas atualmente o que tem não dá para encher as garrafas e nem lavar a louça”, expõe.
Fonte: O Tempo.