A ‘Lei Seca’ não foi decretada pelo Governo de Minas Gerais nestas eleições, atendendo um pedido a própria Abrasel-MG. A Sejusp informou em nota que a portaria proibindo a venda de bebidas no dia do pleito seria inconstitucional e traria “prejuízo para o comércio, sem, contudo, uma constatação de que a proibição da venda de álcool traga benefícios para a segurança”.
A relação entre a venda de álcool e violência política foi descartada pelo presidente regional da associação, Matheus Daniel. “Para nós, essa liberação foi extremamente importante, pela questão do faturamento, mas sobretudo para provarmos que, ao contrário do que previam muitos especialistas em segurança pública, profetas do apocalipse, tudo transcorreu com normalidade dentro dos bares. Isso deixa explícito que a bebida alcoólica nos bares e restaurantes não é a causadora de eventuais ocorrências e crimes no dia do pleito”.
Segundo a Abrasel, o impacto nas vendas também foi positivo. Comerciantes relataram que as vendas (incluindo alimentos) em alguns estabelecimentos foi até três vezes maior em comparação às eleições passadas, quando a Lei Seca foi decretada.
O empresário frisou que as vendas dobraram em relação aos domingos normais. “As famílias frequentaram [o meu restaurante] normalmente. Tinham clientes de camisa verde e amarela e de camisas vermelhas convivendo em plena harmonia. É uma grande balela afirmar que a Lei Seca nas eleições impede qualquer tipo de violência. Quem quer arrumar confusão, vai arrumar de qualquer forma, mas nos bares essas pessoas não são bem vindas”.
*Estagiário sob supervisão do subeditor Rafael Arruda