Brincadeira comum nos recessos escolares pode oferecer risco à operação de pousos e decolagens de aeronaves
Atemporal, fácil de fazer e divertida, a pipa costuma ser um brinquedo muito popular entre as crianças, principalmente em períodos de férias ou recessos escolares, como a Semana da Crianças, que começa no próximo dia 14. Mas, o que pode parecer uma brincadeira inofensiva, nas proximidades do aeroporto pode ser um risco à segurança aérea. Ao entrar no sítio aeroportuário, as pipas podem causar danos a aeronaves que estão decolando ou pousando, provocando acidentes.
Segundo o gestor de Operações e Segurança do BH Airport, Robson Freitas, a pipa é uma ameaça porque ela invade o espaço aéreo e pode ser sugada pelo motor da aeronave ou ter a rabiola enroscada em equipamentos sensíveis do avião. Quando a linha tem cerol o risco é ainda maior e pode até rasgar parte da estrutura da aeronave.
De acordo com ele, o sítio aeroportuário é constantemente monitorado e nos últimos cinco anos foram recolhidas apenas duas pipas no BH Airport, além disso não há registros de incidentes com o brinquedo no terminal internacional mineiro. Ainda assim, o aeroporto sempre realiza ações para conscientizar a população do entorno sobre os riscos.
“Realizamos o monitoramento constante do sítio aeroportuário, a fim de prevenir ameaças à operação, seja por pipas ou outros invasores do espaço aéreo, como balões ou drones, por exemplo. Como o BH Airport é estrategicamente localizado a uma distância segura de áreas urbanas, não enfrentamos muitos problemas nesse sentido, mas é sempre importante fazer o alerta à população, principalmente nessa época de recesso da escola, quando a brincadeira de soltar pipa é mais comum”, afirma.
O Código Penal prevê que expor a perigo uma aeronave ou praticar qualquer ato que possa impedir ou dificultar a navegação aérea é crime, com pena de dois a cinco anos de prisão. “A segurança é um valor para o BH Airport e queremos continuar construindo esse ambiente seguro de forma coletiva junto com os colaboradores, os passageiros e a comunidade no entorno”, finaliza Robson.