Serviço de diarista fica mais caro na Grande BH e variação pode chegar a até 150%

Por Dentro De Tudo:

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Uma pesquisa do site Mercado Mineiro mostrou que a crise vem afetando o trabalho de diaristas na região metropolitana de Belo Horizonte. O levantamento que consultou 30 profissionais/agências entre 20 e 22 de abril deste ano mostrou que o valor da diária pode variar 150%. Mesmo assim, o aumento do preço médio não acompanha a inflação.

O padrão de consulta para a pesquisa foi um apartamento de três quartos na Zona Sul, de aproximadamente 100 m², com um casal e um filho de cinco anos. Entre os entrevistados, o valor da diária variou R$ 180, sendo a mais barata R$1 20 e a mais cara R$ 300. Vale lembrar que a quantia não inclui transporte e alimentação, que muitas vezes são bancados pela própria diarista.

Segundo Feliciano Abreu, presidente do Mercado Mineiro, há uma série implicações na hora de cobrar pelo serviço. Manter a casa arrumada é um desafio para todos, mas tem gente que prefere botar a mão na massa por conta própria para evitar contratar um profissional. O gestor salienta que a classe acaba sendo prejudicada pela concorrência com outras diaristas e, surpreendentemente, com os próprios “patrões”.

Competição por serviço

“Os diaristas – em grande parte, mulheres – vêm sofrendo muito desde o início da pandemia. Logo no início, houve o destaque da crise econômica e o fato de as pessoas temerem visitas dentro de casa, já que podiam ser infectadas. Além disso, vários profissionais necessitam competir com novas pessoas, que perderam o emprego e precisam migrar para outra fonte de renda”, explica Feliciano.

Com base nos números da pesquisa, ele narra que a classe profissional não consegue ter uma recuperação salarial acima da inflação. “Muitas até saíram do mercado antes da pandemia, mas precisaram retornar devido à crise financeira e ao desemprego que assola o Brasil nos últimos tempos”, complementa o presidente do Mercado Mineiro.

Existe também outra problemática: com o poder aquisitivo descrevendo, a diarista precisa competir pelo serviço com o próprio dono da casa, que já muita gente não tem mais condições para acionar um profissional remunerado. “Se você está desempregado e custa a pagar o condomínio e o aluguel, como que vai pagar uma diarista? É complicado”.

Aumento não acompanha inflação

Em um ano, o preço médio da diária teve um aumento de 4,57%, sendo que em 2021 o valor médio era de R$153,64 e passou para R$ 160,67 em 2022. O aumento é inferior a qualquer índice inflacionário de um ano, visto que o IPCA atingiu 11,30% em 12 meses. Isso significa que as diaristas estão perdendo o poder de recomposição do valor pelo serviço. 

Além de sofrerem com a concorrência, essas profissionais vêm sendo menos requisitados. Boa parte dos entrevistados relataram que quem trabalhava duas vezes por semana agora trabalha somente uma. Da mesma forma, quem trabalhava uma vez por semana passou a ser chamado de 15 em 15 dias pelo mesmo cliente.

O Mercado Mineiro ressalta que os serviços oferecidos não são os mesmos, pois cada apartamento tem um estilo de vida diferente, sendo importante combinar com a diarista o serviço a ser prestado com antecedência. “O site MercadoMineiro não atesta a qualidade dos profissionais envolvidos na pesquisa. Foram escolhidos aleatoriamente em jornais e classificados”, destaca o site de pesquisa.

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