Eliana Vita de Oliveira, servidora do Tribunal de Justiça de São Paulo, foi condenada a 16 anos de prisão em regime fechado pelo desvio de mais de R$ 2,4 milhões de contas judiciais. O esquema, ocorrido entre 2021 e 2023, foi descoberto por colegas de trabalho no Fórum Criminal da Barra Funda, onde ela atuava como escrevente técnico judiciário há mais de 30 anos.
Segundo o Ministério Público, Eliana falsificava alvarás para liberar valores bloqueados em processos arquivados, aproveitando-se do fluxo de assinatura dos juízes. A fraude era feita com a substituição do documento original por uma versão fraudulenta, que era inserida no sistema após a assinatura.
Em depoimento, Eliana confessou os desvios e afirmou ter utilizado parte do dinheiro para ajudar pessoas próximas durante a pandemia, além de investir em um apartamento, reformas e cirurgias plásticas. Apesar disso, declarou não ter levado uma vida luxuosa.
Eliana foi presa após passar dois dias foragida, período em que o marido também foi detido. Por risco de fuga, ela não poderá recorrer em liberdade.
A condenação reforça a necessidade de fiscalização e controle nos processos judiciais para evitar fraudes que comprometem a integridade do sistema.