Onze dias após o sequestro da servidora pública Analici Ramos de Oliveira, de 50 anos, em Governador Valadares, no Leste de Minas, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) continua realizando diligências para localizá-la.
O sequestro aconteceu no dia 23 de setembro, na Avenida Venceslau Brás, no Bairro Santa Rita, quando a bicicleta de Analici foi fechada por um automóvel branco. Um homem desceu pela porta de trás, agarrou a mulher e a empurrou para dentro do veículo.
Toda a ação foi registrada pelas câmeras de segurança de lojas e residências próximas. As imagens forneceram várias pistas para a investigação policial. A Polícia Civil de Minas Gerais instaurou inquérito policial e intensificou as investigações, conseguindo identificar um dos suspeitos de envolvimento no crime.
O suspeito foi preso no dia 25 de setembro. Os policiais cumpriram um mandado judicial de busca e apreensão no Bairro Atalaia, periferia de Governador Valadares, prendendo o homem, que possuía armas e munições em casa.
Em 26 de setembro, a Polícia Militar prendeu em flagrante mais um suspeito, um homem de 28 anos, que estava de posse do veículo que teria sido usado no sequestro de Analici.
A prisão do segundo suspeito aconteceu depois que as polícias encontraram, incendiado, o veículo usado no sequestro. O homem estava com queimaduras pelo corpo e disse que guardou o carro em sua casa a pedido de um conhecido dele, de nome “Zói”.
Depois da prisão dos dois suspeitos, a Polícia Civil, seguindo pistas passadas pelos presos e denúncias anônimas, iniciou buscas por Analice na margem esquerda do Rio Doce, nos bairros Santa Rita, São Paulo e São Pedro, todas sem sucesso.
As informações de que Analici teria sido assassinada, tendo seu corpo jogado no rio não foram comprovadas. Sem provas, a família de Analici iniciou uma corrente de oração.
Segundo Dieuryslane Ramos, filha de Analici, a família não perdeu a fé. “Perdi tudo, menos a fé, e espero que ela (Analici) retorne para casa”, disse.