Segundo dados oficiais da Diretoria de Promoção de Exportações da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Sete Lagoas foi o 14º município mineiro que mais exportou e o 10º que mais importou em 2021. Os resultados foram apresentados pelo Estado na última terça-feira, 8, em Belo Horizonte, durante coletiva que reuniu diversos órgãos atuantes no comércio internacional e nas relações econômicas de Minas Gerais, além de representantes de embaixadas e consulados.
O saldo comercial sete-lagoano foi positivo em mais de US$ 287,57 milhões no ano passado, fruto da diferença entre os US$ 762,63 milhões exportados e os US$ 475,06 importados. Em 2021 Sete Lagoas ampliou em 44,6% suas exportações e em 36,7% suas importações em relação a 2020, quando o município exportou US$ 422,32 milhões e importou US$ 300,50 milhões (saldo positivo de US$ 121,81 milhões). Entre os produtos mais exportados no ano passado, estão ferro fundido, carnes de aves, veículos, carrocerias, peças automotivas, óxidos de manganês e leite. Já entre os produtos mais importados, estão peças de veículos, bombas para líquidos e de ar, malte e instrumentos para regulação ou controle automáticos.
Quem compra: Sete Lagoas mais exportou para Estados Unidos, Argentina, Chile, Holanda, México, Taiwan, Turquia, Arábia Saudita, Chile e Emirados Árabes.
Quem vende: Sete Lagoas mais importou de Itália, Argentina, Alemanha, Índia, Estados Unidos, China, Espanha, Polônia, França, Uruguai e República Tcheca.
Segundo o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico do Município, Alessandro Kelwis, Sete Lagoas conta com uma indústria que continuou crescendo mesmo durante a pandemia, e não só manteve os empregos como abriu novas vagas no período. “A tendência é se manter no azul, porque a produção sete-lagoana é estratégica para os países que importam nossos produtos. Isso fica visível quando observamos que tipo de produto foi mais exportado: ferro, carnes de aves e veículos. Além disso, a maior parte da nossa importação foi em bens de capital e matéria-prima para abastecer nossa indústria: notadamente os setores automotivo e de bebidas”, afirmou.
Para o secretário municipal de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Turismo, Edmundo Dinz, esse desempenho é fruto da credibilidade da atual gestão. “O empresariado local não tem mais receio de investir dado à confiança jurídica e administrativa e, além disso, em todos os procedimentos do Município no sentido de desburocratizar processos de licenciamento, facilitando a vida do empreendedor, sempre respeitando a legislação, como novo paradigma no tratamento com os empresários”, comentou. O prefeito Duílio de Castro fez coro. “Queremos ser cada vez mais uma cidade amiga de quem quer empreender. Por isso, seguimos reduzindo burocracias, digitalizando processos e dialogando com o setor industrial e empresarial da cidade na busca por mais emprego, renda e divisas para o município”, comemorou.
Ranking
Os dez municípios mineiros que mais exportaram em 2021 foram: Conceição do Mato Dentro, Nova Lima, Itabirito, Araxá, São Gonçalo do Rio Abaixo, Itabira, Varginha, Catas Altas, Ouro Preto e Paracatu. No caso das importações, os dez municípios que mais receberam cargas de outros países foram: Uberaba, Betim, Extrema, Contagem, Belo Horizonte, Pouso Alegre, Juiz de Fora, Varginha, Ipatinga e Sete Lagoas. Minas Gerais foi o segundo maior exportador do Brasil em 2021. A posição se dá em meio a um balanço histórico e recorde na evolução dos últimos dez anos: o Estado alcançou o valor bruto de US$ 38,1 bilhões. Comparado a 2020, quando os valores somaram US$ 26,3 bilhões, o montante arrecadado com produtos exportados cresceu 45,1%.