Shein pode ficar mais cara após novas medidas nos EUA e no Brasil

Por Dentro De Tudo:

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A varejista chinesa Shein, conhecida por seus preços baixos e popularidade global, pode enfrentar um cenário complicado nos próximos meses. Isso porque, a partir do dia 2 de maio de 2025, remessas internacionais de até US$ 800 deixarão de ser isentas de imposto de importação nos Estados Unidos. A decisão foi anunciada pelo ex-presidente Donald Trump e afeta diretamente empresas como Shein e Temu.

A medida elimina a chamada isenção “de minimis”, que permitia a entrada de produtos baratos sem cobrança de impostos. Com isso, os preços para os consumidores norte-americanos devem subir. A situação levou ao fechamento de diversos fornecedores na “Vila Shein”, distrito localizado em Guangzhou, na China, responsável por boa parte da produção da marca. Pequenos produtores sem recursos para migrar a operação para outro país foram obrigados a encerrar as atividades. Já produtos inacabados e estoques excedentes começaram a ser vendidos diretamente nas redes sociais.

Como resposta, a Shein anunciou que está incentivando seus fornecedores a transferirem a produção para o Vietnã, onde os custos com tarifas seriam menores. A empresa também informou que haverá aumento de preços nos próximos dias, e recomendou que os consumidores façam compras até o dia 25 de abril para aproveitarem os valores atuais.

Além das mudanças nos EUA, o Brasil também registrou aumento nos custos das compras internacionais. Desde o dia 1º de abril, o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) aplicado a compras internacionais foi reajustado em alguns estados, igualando o tratamento fiscal dado a compras nacionais. Pelo menos 10 estados brasileiros já anunciaram que passarão a aplicar a alíquota de 20% sobre os pedidos feitos na Shein e AliExpress.

De acordo com especialistas, os Estados Unidos importam 98% das roupas e 99% dos calçados que consomem — e 30% desse total vêm da China. A mudança no cenário global pode impactar significativamente quem busca produtos mais acessíveis em sites internacionais.

Fonte: FDR | Reportagem de Marina Costa Silveira

Imagem: Reprodução/FDR

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