A senadora e ex-candidata ao Planalto Simone Tebet declarou apoio nesta quarta-feira (5) ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em segundo turno contra o atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). A declaração foi feita em São Paulo, no Hotel Transamérica. Nesta manhã, a emedebista já havia se encontrado com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB), vice de Lula na chapa ao Palácio do Planalto.
“Ainda que mantenha as críticas que fiz ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva, depositarei nele o meu voto, porque reconheço no candidato Lula seu compromisso com a democracia e a constituição, o que desconheço no atual presidente”, declarou
Durante o discurso, a emedebista disse que o seu apoio é por projetos que defende e ideias que espera ver acolhidas. São elas:
- O incentivo à educação infantil e conectividade;
- Zerar as filas de cirurgias, consultas e exames não realizados no período da pandemia, com repasse de recursos ao SUS;
- Resolver o problema do endividamento das famílias, em especial das que ganham até três salários mínimos mensais;
- Sancionar lei que iguale salários entre homens e mulheres que desempenham, com currículo equivalente, as mesmas funções;
- Um ministério plural, com homens, mulheres e negros, todos tendo como requisitos a competência, a ética e a vontade de servir ao povo brasileiro.
Tebet foi a terceira colocada no primeiro turno,quando teve 4,16% dos votos, com a preferência de 4,9 milhões de eleitores. Durante a sua campanha, aglutinou parte importante do eleitorado: o público feminino.
Apesar de ter passado longe de ir para o segundo turno e em nenhum momento ter alimentado expectativas concretas de se aproximar dos líderes, Tebet encerrou a campanha conseguindo se projetar como uma liderança de centro ou centro-direita na política nacional.
Já no domingo, quando saiu o resultado das urnas, Tebet afirmou que não vai se omitir e que está pronta para se posicionar no segundo turno. Ela cobrou pressa do comando dos partidos da aliança MDB, PSDB, Cidadania e Podemos.
O Cidadania foi o primeiro da lista a se posicionar em prol de Lula. A decisão se deu por 14 votos a três e foi anunciada pelo presidente da legenda, Roberto Freire, que já tinha avisado que levaria essa proposta aos seus aliados.
O PSDB e o MDB, por sua vez, liberaram os diretórios estaduais para apoiar o ex-presidente ou o atual chefe do Executivo. Já o Podemos manteve apoio ao ex-presidente Lula, que manifestava desde o primeiro turno.
Já a senadora que foi candidata a vice-presidente na chapa de Tebet, Mara Gabrilli (PSDB-SP), anunciou nesta terça-feira (4) que votará em branco no segundo turno das eleições presidenciais.
Em seu perfil oficial do Twitter, a parlamentar disse: “Fico ao lado dos brasileiros e apoiarei o governo que defender meus ideais de país: inclusão, ciência, combate à corrupção, à fome e desigualdade. Serei uma oposição sensata. Serei sempre construção”.
Fonte: O Tempo.