Sindicato critica demissões no Itaú após lucro de R$ 22,6 bilhões no primeiro semestre

Por Dentro De Tudo:

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O Itaú registrou um lucro de R$ 22,6 bilhões no primeiro semestre de 2025, valor 14% superior ao obtido no mesmo período de 2024, quando o faturamento foi de R$ 19,8 bilhões. No segundo trimestre, o resultado foi de R$ 11,5 bilhões. Apesar do crescimento, o banco anunciou a demissão de cerca de mil funcionários em regime de home office, medida que gerou forte reação do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região.

Em nota, a entidade classificou os desligamentos como desproporcionais, injustificáveis e sem transparência. O sindicato afirmou que o banco desrespeitou seu próprio Código de Ética, que menciona a busca por um clima organizacional baseado em respeito e confiança.

Além de cobrar explicações, a entidade sindical reivindica que o Itaú repactue as regras do trabalho remoto de forma transparente. Para o sindicato, mecanismos de monitoramento e vigilância digital não podem servir como justificativa para cortes em massa sem advertências prévias aos trabalhadores.

Outro ponto criticado foi a redução do número de agências físicas: no segundo trimestre de 2025, o banco contabilizou 2.795 unidades, contra 3.021 no mesmo período de 2024.

Em resposta, o Itaú alegou que as demissões ocorreram após “revisão criteriosa” das condutas no home office, que apontou incompatibilidades entre a marcação de ponto e a produtividade. Especialistas em direito trabalhista, como o advogado Bruno Guerra, reforçam que o monitoramento é permitido em equipamentos corporativos, desde que respeite a privacidade dos trabalhadores e esteja previsto em políticas internas.

Foto: Wikimedia/Reprodução — Fonte: O Tempo

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