O desaparecimento de cerca de 200 armas de fogo da 1ª Delegacia do Barreiro, em Belo Horizonte, revelou um problema estrutural nas forças de segurança de Minas Gerais, segundo o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sindpol-MG). A entidade afirma que o governo estadual descumpre a Lei Federal nº 13.964/2019, conhecida como Pacote Anticrime, que determina o armazenamento de armas e materiais apreendidos em Centrais de Custódia, e não em delegacias.
De acordo com o presidente do sindicato, Wemerson Oliveira, a falta de estrutura e o descumprimento da legislação colocam policiais e a população em risco. “Essas armas não deveriam estar em delegacias. A lei determina uma cadeia de custódia que começa na perícia e termina na Central de Custódia. O governo não cumpre, e isso traz graves consequências à segurança pública”, afirmou.
O Sindpol-MG também alertou que o armazenamento inadequado pode expor as unidades a invasões e comprometer a integridade de agentes e moradores do entorno.
O caso veio à tona após uma das armas extraviadas ser apreendida em Contagem, durante uma abordagem policial. A servidora investigada pelo desaparecimento do material foi presa no domingo (9), e a Corregedoria-Geral da Polícia Civil conduz investigações por peculato e infrações administrativas.
A Polícia Civil informou que, até o momento, não há indícios de envolvimento de facções criminosas, e os detalhes serão divulgados após a conclusão das apurações.
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📰 Fonte: Jornal O Tempo — reportagem de Vitor Fórneas
