O Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede) solicitou à Prefeitura de Belo Horizonte que a volta às aulas seja adiada devido ao aumento dos casos de COVID-19.
Conforme o Estado de Minas mostrou nessa segunda-feira (24/1), as internações por COVID-19 nos leitos de UTI e enfermarias de BH não param de aumentar. A cada dia, a situação se agrava mais. Nessa segunda, a taxa de ocupação de leitos de UTI atingiu a marca de 91,3%.
No último balanço, ela estava em 84,6%. Também segue no nível vermelho a taxa de ocupação nas enfermarias, 89,7% de acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Prefeitura de Belo Horizonte. Na última sexta-feira (21/1), estava em 83,7%.
“Estamos preocupados com o avanço da Ômicron na nossa cidade e o estado atual dos índices, além de preocupados com os protocolos adotados ano passado que consistiram na redução de pessoal nas escolas, não se preocupando com a manutenção da qualidade do ensino ofertado aos nossos estudantes”, disse a diretora do Sind-Rede, Luana Gramont.
O prefeito Alexandre Kalil, o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto, e os infectologistas membros do Comitê de Enfrentamento à COVID de Belo Horizonte convocaram a imprensa para uma coletiva nesta quarta-feira (26/1), às 15h, sobre o cenário da pandemia na capital.
Na última sexta (21/1), Jackson Machado informou que a prefeitura iria monitorar os índices de contaminação da COVID-19 para tomar qualquer decisão sobre a volta às aulas, os jogos de futebol com público e os eventos de carnaval.
“Já enviamos ofício à Secretaria Municipal de Educação (Smed) sobre essas preocupações, mas até o momento não marcaram reunião para debatermos o retorno. O documento foi enviado no dia 19”, acrescentou Luana.
O sindicato listou algumas medidas que considera importantes. São elas:
Atrasar o retorno presencial das atividades letivas; Acelerar a vacinação das crianças; Tornar obrigatória a apresentação do cartão de vacinação de estudantes e trabalhadores; Ter uma ação direcionada para os que se negarem a vacinar; Garantir máscaras N95 ou PFF2 aos trabalhadores para atuarem presencialmente;Instituir um plano de testagem por amostragem de forma regular, para que haja de fato o controle da evolução pandêmica. No caso da Ômicron isso é ainda mais necessário visto o aumento dos casos assintomáticos.
O Estado de Minas entrou em contado com a Secretaria Municipal de Educação (Smed) e aguarda posicionamento.