A Região Metropolitana de Belo Horizonte enfrenta um dos períodos mais secos das últimas décadas. Após quase 140 dias sem chuvas significativas, os reservatórios do Sistema Paraopeba, que abastecem a capital mineira e cidades vizinhas, registraram uma queda preocupante em seus níveis. Na última sexta-feira (30/8), o volume do sistema caiu para 64,7% de sua capacidade total, o menor valor registrado para o mês de agosto desde 2019.
A estiagem atual, que já acumula 138 dias de seca, é a mais prolongada em 60 anos e traz à tona memórias da crise hídrica de 2015, quando a população enfrentou racionamento de água. Mesmo que a situação ainda não tenha atingido os níveis críticos daquele ano, o alerta está aceso para a sustentabilidade do abastecimento, especialmente diante das previsões de chuvas abaixo da média para o restante de 2024.
Composto pelos reservatórios de Rio Manso, Serra Azul e Vargem das Flores, o Sistema Paraopeba sofreu uma queda de quase 10% em seu volume apenas no último mês. No final de julho, o volume estava em 71,5%, mas terminou agosto em 64,7%. Desde abril, a queda acumulada é de quase 30%, uma redução que preocupa autoridades e a população.
O mês de agosto, que costuma registrar uma média histórica de 9,6 milímetros de precipitação, não teve nenhuma gota de chuva, agravando ainda mais a situação.
📸: Beto Magalhães/EM/D.A Press