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Só entra vacinado! Passaporte da vacina é adotado por 249 cidades

Por Dentro De Tudo:

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De acordo com levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), pelo menos 249 cidades pretendem adotar, de alguma forma, restrições para a entrada de pessoas não vacinadas em ambientes de longa permanência, como restaurantes, bares, cinemas, teatros e estádios, por exemplo.

Essa já é uma realidade nas quatro maiores cidades do Brasil: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Salvador. Mas em cada cidade o passaporte é utilizado de uma maneira, com regras específicas, visando dois objetivos: incentivar a imunização contra e criar ambientes mais seguros em relação à transmissão da Covid. 

No Rio, por exemplo, a comprovação da vacinação não é só necessária para ter acesso a locais como cinemas e academias, como também se tornou pré-requisito para ter acesso a cirurgias eletivas e ao programa municipal de distribuição de renda. De acordo com a prefeitura, duas semanas após a publicação dos decretos referentes ao passaporte, o número de faltosos à segunda dose caiu 40%.

A professora universitária Cláudia Capello, 55, precisou do comprovante de vacinação para entrar na academia. Mas o processo não foi complicado, segundo ela. “Foi enviado uma vez, por e-mail, para que a pessoa não precise portar isso. Na portaria, já estão os nomes de quem enviou o comprovante. E estão efetivamente cobrando porque existe um decreto e todos têm que cumprir”, relata.

“Acho mais interessante para engajar muitas pessoas que não estavam comparecendo para a segunda dose ou hesitando em tomar a vacina. Elas passaram a ir ao posto porque não querem deixar de frequentar alguns lugares”, completa Cláudia.

Já em São Paulo, a representante de vendas Roberta Gonçalves, 40, passou por aperto por causa do passaporte. Ela só soube que precisava do comprovante de vacinação quando chegou à entrada de um local para assistir a um show. “Nos disseram que precisava baixar um aplicativo e fazer um cadastro para entrar, mas não foi tão simples. Tive que refazer o acesso três vezes para dar certo”, conta. O aplicativo recomendado era e-saúdeSP e a organização do evento não informou a ela que também era possível ter o comprovante pelo app ConecteSUS.

Infectologista da Santa Casa, Claudia Murta explica que o passaporte pode ser interessante, mas não é possível se esquecer das outras medidas de segurança. “Mesmo em lugares com passaporte, as pessoas devem procurar adotar cuidados como higienização das mãos, uso de máscaras enquanto não estiverem comendo e verificar se as mesas estão distantes”, explica.

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