A solução costuma ser a mesma: na falta de tomadas para ligar eletrodomésticos, é comum utilizar benjamins para dar conta de acionar todos os aparelhos necessários para o dia a dia. A venda desse produto, também conhecidos como “T”, é autorizada no Brasil, mas seu uso requer cuidados especiais para evitar choques, acidentes domésticos e até mesmo incêndios.
O professor do curso de Engenharia Elétrica da Faculdade Pitágoras, Jhonata Oliveira Rodrigues, alerta que não é recomendado utilizar vários eletrônicos em uma mesma tomada, projetada para suportar apenas uma carga determinada de corrente, que pode variar entre 10 ou 20 amperes. “Se você precisar de mais tomadas, o recomendado é abrir novos pontos em sua casa. Mas isso deve ser feito sempre por um profissional”, completa. Segundo Rodrigues, se não houver outra alternativa, algumas precauções devem ser tomadas quando benjamins forem utilizados.
O primeiro cuidado, segundo ele, é o de avaliar a qualidade do adaptador e verificar se o item leva o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). “Evite os modelos de plástico instável. Cheque também se os pinos de metal estão bem ajustados à base”, orienta. Além disso, é preciso conferir se a capacidade do “T” é compatível com a carga exigida por cada equipamento a ser plugado na tomada, para não gerar sobrecarga.
O professor alerta que colocar vários equipamentos em um único ponto, sem a devida capacidade para a carga elétrica, pode causar superaquecimento e até curto-circuito, já que muitos fios estarão em contato entre si. “Tenha atenção para sinais de que algo está errado. Um exemplo é a queda súbita de energia, quando o disjuntor do quadro elétrico da casa é acionado. Isso significa que há algo errado e é aconselhável contar com um profissional técnico para investigar”.. Além disso, vale observar se os benjamins não possuem danos ou cheiro de queimado.
Acidentes envolvendo o sistema elétrico de casas podem acontecer, também, com extensões. Por isso, o professor não recomenda usar um adaptador conectado ao outro. Como alternativa, segundo Rodrigues, podem ser usados protetores eletrônicos, os chamados de filtros de linha, para interromper a sobrecarga acima dos 20 amperes.