O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), diz ser favorável ao uso de câmeras nas fardas de policiais no estado, mas defende a necessidade de ajustes no projeto.
A declaração foi feita durante um encontro com a imprensa, na manhã desta sexta-feira (13), em Belo Horizonte, ao ser questionado sobre possível ampliação do sistema usado desde novembro de 2022.
“É um projeto que precisa ser conduzido com critério. Nós temos reclamações que eu considero pertinentes por parte de quem utiliza a câmera. Como exemplo, você parar com o colega para tomar um café, você tem aqui um momento de folga, e a câmera gravar ali uma conversa pessoal sua. Pode estar contando ali uma piada, a câmera vai estar gravando. Você ir no banheiro e a câmera vai gravar. Você entrar numa residência, que é um lugar privado, que você entrou talvez perseguindo alguém e você está filmando, filmando menores de idade também, o que não é recomendado”, avaliou.
“A nossa polícia tem utilizado a câmera analisando as diferentes situações. Além dessas que eu mencionei, aqui temos inúmeras outras, para que nós venhamos a ter o equipamento que venha a somar e não a causar problemas para o policial e para a nossa Polícia Militar, que é uma das mais respeitadas do Brasil”, concluiu.
Em São Paulo, nas últimas semanas, o uso do dispositivo voltou ao debate público devido a casos de violência policial, como a do homem que foi jogado de uma ponte por um agente durante abordagem. Os fatos foram registrados por câmeras de populares, que passaram a questionar a postura da polícia. Depois dos episódios, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que chegou a declarar que tinha uma “visão equivocada” sobre as câmeras no fardamento, disse que passou a apoiar a tecnologia.
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