O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta segunda-feira (15) que a cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, conhecida como “Débora do batom”, cumpra sua pena em prisão domiciliar.
Débora ganhou notoriedade ao pichar a Estátua dos Três Poderes, com a frase “Perdeu, mané”, durante os ataques de 8 de janeiro de 2023 em Brasília. O ato a tornou símbolo entre apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que pedem anistia aos envolvidos na invasão e depredação das sedes dos Poderes.
Em abril deste ano, ela foi condenada a 14 anos de prisão pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
Débora já havia obtido, em março, a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar, sob medidas cautelares como o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de uso de redes sociais, restrição a visitas sem autorização judicial e impedimento de conceder entrevistas ou se comunicar com outros investigados.
Segundo a defesa, também está em análise o pedido de progressão de regime, fundamentado no tempo já cumprido em prisão preventiva. Débora estava detida desde março de 2023, quando foi presa durante a oitava fase da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal.
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil | Reprodução/CNN Brasil
