STF publica ata de julgamento que rejeita recursos de Bolsonaro e outros condenados na trama golpista

Por Dentro De Tudo:

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O Supremo Tribunal Federal publicou, nesta segunda-feira (17), a ata do julgamento em que a Primeira Turma rejeitou, por unanimidade, os recursos apresentados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e por outros seis condenados no caso que apura a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

A ata formaliza o resultado do julgamento realizado no plenário virtual, concluído na última sexta-feira (14). Ela confirma oficialmente que os ministros rejeitaram os primeiros embargos de declaração apresentados pelas defesas.

O próximo passo é a publicação do acórdão — documento mais completo, que reúne os votos e fundamentos dos ministros. Somente após essa etapa é que os advogados poderão apresentar novos questionamentos.

Bolsonaro e os demais condenados são acusados de integrar uma organização criminosa com o objetivo de reverter, ilegalmente, o resultado das eleições. O ex-presidente foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão.

O que pode acontecer agora

Com o fim do julgamento dos primeiros recursos, as defesas poderão apresentar novos embargos de declaração ou embargos infringentes. Esses últimos só são aceitos quando há divergência de votos entre os ministros — o que não ocorreu nesse caso. Após a análise dos novos recursos, a execução das penas pode ser determinada.

Pela praxe do Supremo, a execução costuma ocorrer após o julgamento dos segundos embargos, analisados pelo relator, ministro Alexandre de Moraes. Se ele entender que os recursos têm apenas caráter protelatório, poderá determinar a prisão imediata dos condenados.

Quem teve os recursos negados

Além de Bolsonaro, outros seis réus tiveram os recursos rejeitados:

  • ex-diretor da Abin;
  • ex-comandante da Marinha;
  • ex-ministro da Justiça;
  • ex-ministro do GSI;
  • ex-ministro da Defesa;
  • ex-ministro da Casa Civil.

A única exceção é o militar que firmou acordo de delação premiada, obtendo redução de pena.

Fonte: g1 — Política

Foto: Pablo Porciuncula / AFP

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