Pela primeira vez, o Anuário Brasileiro de Segurança Pública revelou um dado alarmante: em 2024, mais policiais civis e militares morreram por suicídio do que assassinados fora do horário de serviço. O levantamento destaca a urgência de colocar a saúde mental no centro das políticas voltadas às forças de segurança.
De acordo com o relatório, 126 policiais morreram fora da folga e 46 durante o serviço. Entre os assassinados, a maioria era composta por homens negros, com idades entre 40 e 49 anos. As mortes ocorreram majoritariamente em via pública (77,2%) e por arma de fogo (93,9%).
O estudo também aponta fatores como pressão psicológica, longas jornadas e exposição constante à violência como gatilhos para o adoecimento emocional dos agentes. O relatório reforça que, muitas vezes, os casos de suicídio são invisibilizados nos registros de criminalidade, dificultando a adoção de ações eficazes.
Para enfrentar esse cenário, o documento propõe a criação de políticas específicas de prevenção e acolhimento, com ampliação de equipes de apoio psicológico, escuta qualificada e sigilo no atendimento, com o objetivo de reduzir o estigma e promover o cuidado emocional dos profissionais de segurança.
Fonte: Anuário Brasileiro de Segurança Pública / Metrópoles
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