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Superfungo: teste criado pela UFMG tem registro aceito e poderá ser usado em hospitais de BH

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A UFMG acaba de ter aprovado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) o registro de um teste diagnóstico para identificação de Candida auris, conhecido como superfungo. O método, desenvolvido com orientação de pesquisadores do INCT Leveduras, poderá ser utilizado pelos hospitais, inclusive, o João XXIII, em Belo Horizonte, onde 4 casos de pessoas contaminadas foram confirmados, com um óbito, e outros 40 estão sendo investigados.

O teste foi desenvolvido pela farmacêutica Viviane Cata Preta de Souza, sob orientação da profesora Susana Johann, e consiste em um meio chamado Candida auris Selective, ou CAS. De acordo com a pesquisadores, ele poderá ajudar no processo de controle de infecções hospitalares, já que o número de testes específicos para identificação de fungos ainda é muito reduzido, segundo os pesquisadores.

Criada no Laboratório de Taxonomia, Biodiversidade e Biotecnologia de Fungos do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG, a tecnologia possibilita a realização de testes rápidos e com baixo custo. Segundo a farmacêutica Viviane Cata Preta Souza, o novo método pode ser usado para rastrear pacientes ou equipamentos portadores da Candidozyma auris e para diagnóstico de infecção pela levedura.

“Barato e fácil de usar, ele dispensa treinamento técnico tanto para aplicação quanto para interpretação dos resultados”, explica. Mas seu grande diferencial, de acordo com a pesquisadora, é a economia de espaço no laboratório com uso de microplacas e a possibilidade de dispensa da estufa exclusiva de 40°C.

O teste, ainda segundo os pesquisadores, fornece nutrientes para que o fungo, na verdade uma levedura renomeada recentemente como Candidozyma auris, cresça em ambiente controlado, inibindo outras espécies de leveduras oportunistas. “Os testes mostraram sensibilidade de 92,9% e especificidade de 100% para a Candida auris em estufa a 36°C, afirma a bióloga Susana Johann.

Mortes

Com alta transmissibilidade e resistência, a C. auris pode causar infecção sistêmica e levar à morte pacientes com comorbidades, idosos, transplantados, submetidos a cirurgias e internados geralmente em UTI por longos períodos. De posse do resultado positivo, os profissionais de saúde podem iniciar imediatamente as medidas de tratamento e de limpeza, aumentando as chances de cura dos pacientes e evitando a propagação no ambiente.

A professora Susana Johann acredita que essa solução pode ser eficaz como teste auxiliar na identificação da Candida auris, viabilizando a testagem de um número maior de pessoas ao mesmo tempo. “Esperamos ajudar a preservar mais vidas e a proteger pacientes e profissionais de saúde. Também é nossa expectativa contribuir para a redução de custos no processo de identificação, tratamento e desinfecção dos ambientes”, afirma.

Um dos quatro pacientes infectados pelo Candida auris morreu na quarta-feira (16), em Belo Horizonte. O óbito foi confirmado ao BHAZ, na quinta-feira (17), pela Secretária de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig). No entanto, segundo os órgãos, o óbito não está relacionado com a infecção.

Com informações da Assessoria de Comunicação da UFMG

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