O governo de Israel voltou atrás na flexibilização de medidas de restrições contra o coronavírus. A decisão foi uma resposta a um surto da variante Delta da covid-19, identificada pela 1ª vez na Índia. Entre as regras impostas, está a obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes fechados.\
Segundo o The Wall Street Journal, cerca de metade das pessoas infectadas já havia sido vacinada com o imunizante da Pfizer. Autoridades de saúde do país acreditam que 90% das novas infecções tenham sido causadas pela variante Delta.
Especialistas do país afirmaram que os menores de 16 anos, que, na sua maioria, ainda não foram vacinados, são responsáveis por aproximadamente 50% dos novos casos. Por esse motivo, o governo decidiu expandir a campanha de vacinação para abranger crianças e adolescentes de 12 a 15 anos.
Comparado com outros países, o número de casos em Israel é relativamente baixo, mas cresceu exponencialmente na última 5ª feira (24.jun.2021). Saltou de uma média de 10 novos infectados por dia para mais de 200.
Evidências de países como o Reino Unido indicam que, mesmo que a variante se espalhe, a vacina deve prevenir um grande aumento de infecções graves e hospitalizações, que fizeram o sistema de saúde de Israel colapsar em surtos anteriores. Nos últimos 10 dias, Israel registrou 5 casos graves de covid-19.
O governo israelense deixou de exigir o uso de máscara em ambientes fechados em meados de abril e abandonou outras medidas preventivas depois de realizar uma das campanhas de vacinação mais rápidas do mundo. Cerca de 80% dos israelenses com 16 anos ou mais receberam duas doses da vacina da Pfizer.
Autoridades de saúde israelenses afirmam que a variante Delta provavelmente tenha entrada no país pelo seu principal aeroporto internacional, nos arredores de Tel Aviv. Um sistema destinado a examinar os viajantes por meio de testes ficou sobrecarregado nos últimos dias em meio a um aumento no número de voos do exterior.
“Nosso objetivo no momento, em primeiro lugar, é proteger os cidadãos de Israel da variante Delta, que está preocupando o mundo”, disse o primeiro-ministro israelense Naftali Bennett, na última 4ª feira (23.jun).
Desde o início da pandemia, 840.522 dos 9,3 milhões de cidadãos do país foram infectados, dos quais 6.429 morreram.