Suspeita de contaminação por ração leva à morte de mais de 220 cavalos no Brasil

Por Dentro De Tudo:

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O Brasil já contabiliza a morte de 222 cavalos com suspeita de contaminação por ração produzida por uma única empresa. Os óbitos foram registrados em diversos estados, incluindo Minas Gerais, onde já se somam 41 casos confirmados.

As investigações, conduzidas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, apontam uma possível ligação entre as mortes e o consumo de alimento fabricado por uma empresa do setor de nutrição animal, cuja fábrica destinada à linha de rações para equinos foi interditada. Amostras do produto estão sendo analisadas.

Segundo comunicado da fabricante, divulgado nas redes sociais em junho, a empresa alega que agiu com responsabilidade desde os primeiros sinais de anormalidade. Informou ainda que não há evidências de falhas nos produtos destinados a bovinos. A linha equina, no entanto, segue sob investigação.

A pasta confirmou que todos os casos têm associação com o consumo das rações produzidas pela empresa investigada. Além das mortes confirmadas, outras 195 estão sob apuração. Os casos suspeitos se concentram principalmente em regiões da Bahia, Goiás, São Paulo e Minas Gerais — incluindo cidades como Uberlândia, Guaranésia, Jequeri e Mariana.

O avanço das investigações enfrenta desafios, como a falta de denúncias formais por meio da ouvidoria e a manifestação tardia dos sintomas nos animais. Muitos dos equinos apresentaram evolução clínica marcada por insuficiência hepática e piora repentina, o que dificulta uma estimativa precisa do número total de mortes.

Desde a primeira denúncia, o ministério realizou duas fiscalizações no único estabelecimento da empresa. Irregularidades encontradas motivaram a suspensão cautelar da produção de todas as rações da marca. Além disso, houve determinação para interromper a comercialização dos produtos. A fabricante recorreu à Justiça, com um mandado de segurança, e aguarda decisão.

O ministério reforça a importância de que informações ou suspeitas sejam formalizadas por meio de sua ouvidoria oficial para facilitar a continuidade da apuração.

Foto: Pixabay

Fonte: Folhapress – Publicado em 05 de julho de 2025 | 15h58

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