O suspeito de queimar vivo o delegado aposentado Hudson Maldonado Gama, de 86 anos, afirmou à polícia que não tinha a intenção de matá-lo. Em depoimento prestado nesta sexta-feira (24), Rodrigo César Barbosa disse que queria apenas agredir a vítima, mas ao “ser tomado por forte emoção, acabou cometendo o crime de homicídio”.
De acordo com as investigações, nesta quarta-feira (22), Rodrigo chegou à casa de Hudson em uma moto. Ele rendeu a cuidadora da vítima ao dizer que tinha uma entrega de farmácia para fazer. Em seguida, entrou com um galão de gasolina e ateou fogo. Hudson estava acamado por ter sofrido um AVC. Ele foi queimado vivo.
O crime teria sido motivado por vingança. Hudson Maldonado Gama participou das investigações que constataram desvio de conduta e corrupção por parte de Rodrigo que foi expulso da Polícia Civil. Este episódio aconteceu há 18 anos.
Perguntado sobre a razão te ter demorado tanto tempo para cometer o crime, Rodrigo disse à polícia que o processo transitou em julgado nesta semana no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Com os recursos esgotados, ele tomou a decisão de se vingar do ex-delegado.
responsável pelas investigações, ainda não dá pra afirmar se houve premeditação do crime, porém, o combustível usado para atear fogo a Hudson, estava escondido em um lote vago ao lado da casa da vítima há dois dias.
A polícia já se preparava para prender o suspeito, mas ele se entregou nesta sexta-feira (24).
“Ele queria se apresentar e está disposto a responder pelo procedimento todo. Afirmou também que não tinha a intenção de matar e que se arrependeu do crime”, explicou a delegada de homicídios Fernanda Mara de Assis Costa.
Delegado aposentado Hudson Maldonado Gama, de 86 anos — Foto: Redes Sociais
Próximos passos da investigação
- Provas ainda estão sendo recolhidas.
- Laudo de necrópsia não foi finalizado até o momento e por isso não dá para afirmar se a vítima também foi esfaqueada.
- O suspeito será indiciado por homicídio por motivo torpe e com três qualificadoras.
- O tempo mínimo de pena de detenção é de 12 anos.
Fonte: Globo Minas.