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terça-feira, 1 de outubro de 2024

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Suspeitos teriam planejado ataque a sinagogas no Brasil; país tem 110 templos

Por Dentro De Tudo:

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Duas pessoas foram presas e 11 mandados de busca e apreensão foram cumpridos na operação Trapiche, deflagrada nesta quarta-feira (8) pelo Polícia Federal (PF). Investigações indicariam que os suspeitos estariam ligados ao grupo Hezbollah, uma organização armada e fundamentalista islâmica que ocupa o sul do Líbano. A investigação apura se os alvos da operação estariam planejando atacar uma sinagoga ou outra edificação ligada à comunidade israelita no Brasil. 

De acordo com Jewish Latin America, há mais de 110 sinagogas no país, praticamente metade delas em São Paulo, cidade com maior concentração de população judaica do país. 

Também existem centros judaicos em Minas Gerais. Conforme informações da Confederação Israelita do Brasil (Conib), existem dez entidades judaicas no Estado, concentradas especialmente em Belo Horizonte. Cerca de 800 famílias – 4.000 pessoas – são israelitas em Minas, sendo que a maioria delas vive na capital mineira. 

Nesta quarta-feira, a Conib parabenizou a Polícia Federal pela operação que prendeu supostos terroristas e demonstrou preocupação com um possível ato violento em território brasileiro. “A Conib manifesta enorme preocupação com a prisão de terroristas no Brasil ligados ao grupo terrorista libanês Hezbollah, que, segundo a Polícia Federal, planejavam atentados contra alvos judaicos no Brasil. O terrorismo, em todas as suas vertentes, deve ser combatido e repudiado por toda a sociedade brasileira”, afirma a entidade. “Os trágicos conflitos do Oriente Médio não podem ser importados ao nosso país, onde diferentes comunidades convivem de forma pacífica, harmoniosa e sem medo do terrorismo”.

Hezbollah teria planejado atentado no Brasil anteriormente

Essa não foi a primeira vez em que a Polícia Federal brasileira investigou um possível atentado do Hezbollah no país. Em 2016, foi deflagrada a operação Hashtag, que prendeu 11 pessoas suspeitas de planejar ataques terroristas durante as Olimpíadas do Rio de Janeiro. O plano teria sido arquitetado pelo grupo terrorista libanês. A PF verifica, agora, se há alguma relação entre os planos de 2016 e 2023. 

Em julho deste ano, um juiz argentino emitiu mandados de prisão para a Interpol contra quatro libaneses por sua suposta participação no ataque contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), em 1994. Existe uma suspeita de que esses homens procurados na Argentina estejam no Paraguai ou no Brasil. Durante anos, o país investigou se o Hezbollah ou se o governo iraniano estavam por trás do atentado. 

O crime, que abalou Buenos Aires na época, foi cometido por meio de um carro-bomba, deixando 85 mortos e 300 feridos. A aRgentina tem a maior comunidade judaica da América do Sul. 

Entenda a operação Trapiche

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira (8), a operação Trapiche, que tem o intuito de interromper atos preparatórios de terrorismo, além de obter provas de possível recrutamento de brasileiros para a prática de atos extremistas no país.

Dois homens foram presos preventivamente em São Paulo. Um  deles foi detido, ainda na noite de terça-feira (7), no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP).  As ordens de prisão temporária são de 30 dias.

De acordo com informações preliminares de investigadores, os terroristas tinham o objetivo de promover ataques a prédios da comunidade judaica em território brasileiro, como sinagogas. 

Os mandados foram expedidos pela Subseção Judiciária de Belo Horizonte. Dos 11 mandados de busca e apreensão, sete foram cumpridos em Minas Gerais.

Fonte: O Tempo.

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