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Terceiro ataque a ônibus na RMBH mobiliza empresas, PM e prefeitura

Por Dentro De Tudo:

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Em apenas dois dias, três ônibus foram incendiados na Grande BH, e o motivo, sempre o mesmo: uma carta é deixada com o motorista, para ser entregue à polícia, com a exigência para que sejam liberadas as visitas em presídios de Minas.

As visitas estão suspensas, em função de uma greve branca dos agentes penitenciários que reivindicam reajuste salarial, que não acontece há pelo menos quatro anos. O prejuízo é estimado em R$ 600 mil, em cada incêndio.

Dessa vez, o coletivo foi incendiado na Rua Existente, no Bairro Morro Alto, em Vespasiano, às 4h. Quatro homens armados entraram no ônibus, rendendo o motorista. Eles entregaram a carta ao condutor e o obrigaram a descer do veículo, assim como todos os passageiros. Em seguida, jogaram gasolina e atearam fogo.

Segundo a Polícia Militar, foram realizadas buscas na região, mas até o momento nenhum dos incendiários foi preso. Os policiais também tentam descobrir câmeras de segurança na região que ajudem na identificação dos criminosos.

Primeiro caso

Na madrugada de sexta-feira (4/3), por volta de 5h15, um ônibus da linha 2151 foi incendiado por homens armados, na avenida Padre José Maurício, esquina com a rua Ildeu Moreira, no Bairro Vista Alegre, Região Oeste de Belo Horizonte.

 

O motorista contou que dois homens armados invadiram o coletivo, jogaram gasolina e atearam fogo. Antes de fugir eles deixaram uma carta. 

 

Conforme a PM, a testemunha disse que a carta tem reivindicações de direitos para detentos da Penitenciária de Francisco Sá, no Norte de Minas.

Segundo caso

O segundo caso ocorreu na noite dessa sexta-feira (4/3), no Bairro Jardim dos Comerciários, Região Oeste de BH, quando um homem entrou no coletivo da linha 627 (Venda Nova/Mantiqueira) e entregou uma carta ao motorista, dizendo que ele deveria encaminhá-la à polícia.

O atentado ocorreu quando o ônibus parou para atender ao sinal de um homem, no ponto da Rua Doutor Archimedes Theodoro, em frente ao número 77.

Ao arrancar o veículo após receber a carta, o motorista relata que o homem jogou querosene sobre ele e o ameaçou de morte, mandando que parasse imediatamente.
O motorista gritou para que os cerca de 15 passageiros desembarcassem. Ele foi o último a descer do ônibus. Em seguida, o homem jogou querosene no interior do veículo, ateou fogo e fugiu.

Providências

Na tarde de sábado, o Sindicato das Empresas de Ônibus de Belo Horizonte (SetraBH), a Prefeitura de BH e a Polícia Militar fizeram uma reunião de emergência, que definiu estratégias para aumentar a segurança dos usuários do transporte coletivo, diante das ocorrências de ônibus incendiados.

Segundo nota do SetraBH, a partir deste domingo, a Polícia Militar estará reforçando a vigilância. Além de viaturas, que estarão posicionadas em pontos estratégicos da cidade, haverá policiais em coletivos de regiões consideradas mais perigosas.

A partir de agora, os postos de gasolina terão de registrar nome e telefone de pessoas que comprarem gasolina ou etanol sem que estejam em veículos. 

 

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