O Programa de Triagem Neonatal (PTN), popularmente conhecido como teste do pezinho, em Minas Gerais, agora é capaz de detectar 15 doenças. Em 2024, foram adicionadas três novas patologias ao exame: Atrofia Muscular Espinhal (AME), Imunodeficiência Combinada Grave (SCID) e Agamaglobulinemia (AGAMA). Realizado em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) nos 853 municípios do estado, o tratamento para todas essas doenças está disponível na rede pública de saúde de Minas Gerais.
A inclusão dessas três novas doenças permite o tratamento precoce, reduzindo as sequelas irreversíveis e até mesmo o risco de morte. Consideradas graves, essas patologias podem ser hereditárias ou causadas por alterações genéticas, sendo que raramente apresentam sintomas na fase neonatal.
O exame, realizado a partir do sangue coletado do calcanhar do bebê entre o 3º e o 5º dia de vida, é fundamental para identificar precocemente essas doenças. O material é colocado em papel filtro e enviado ao Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico (Nupad) da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O resultado é disponibilizado online, e caso haja alguma alteração, o município de residência do paciente é contatado para agendar consultas e exames especializados.
As possibilidades de tratamento para as três novas doenças incluídas no teste do pezinho em Minas Gerais variam, desde transplante de medula óssea até o uso de medicamentos específicos que impedem a degeneração neuronal.
Além das três novas doenças, o teste do pezinho também identifica outras patologias, como hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria, doença falciforme, fibrose cística, entre outras.
Foto: Fábio Marcheto.