A Gruta do Baú, em Pedro Leopoldo, foi palco de uma celebração única neste domingo (13), reunindo corais do Brasil e do exterior para homenagear um dos maiores ícones da música brasileira: Raul Seixas. O Festival Internacional de Corais transformou o local em um templo sonoro onde vozes se uniram à memória do eterno “maluco beleza”.
O evento foi muito além das notas musicais. Foi uma verdadeira imersão na história e nos bastidores da vida de Raul. Entre uma canção e outra, o público foi presenteado com relatos emocionantes e curiosos de artistas que conviveram com o cantor, tocaram ao seu lado ou foram profundamente marcados por sua obra.
Um dos momentos mais marcantes foi a apresentação do violeiro mineiro Chico Lobo, que levou à gruta sua viola caipira em uma homenagem poética e original ao rock nacional. A fusão entre a viola tradicional e a rebeldia do rock selou, simbolicamente, o espírito inovador de Raul Seixas — um artista que não conhecia fronteiras musicais, misturando baião, xote e rock’n’roll em um estilo absolutamente único.
Também foram lembradas as provocativas interações de Raul com o cantor Silvio Brito, que marcaram época e refletiram sua visão crítica e bem-humorada do mundo. Entre risos e lágrimas, ficou claro que Raul era mais do que um cantor: era um pensador, um visionário. “Um dia a Terra vai parar”, dizia ele em uma de suas canções — e neste domingo, a Terra parou, pelo menos por algumas horas, para escutá-lo de novo.
A homenagem reafirmou algo que os brasileiros já sabem há décadas: Raul é eterno. Sua música é solicitada em todo tipo de show, independentemente do gênero. O bordão “Toca Raul!” ecoou mais uma vez nas vozes do público, confirmando que sua obra continua viva, relevante e universal.
O Festival Internacional de Corais na Gruta do Baú foi, portanto, mais do que uma celebração musical. Foi um encontro com a essência de Raul Seixas — irreverente, genial, livre. E, como diriam os fãs: toca Raul!
Assista!
