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Todo dia um golpe diferente: Veja aqui como não cair em armadilhas virtuais

Por Dentro De Tudo:

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Golpe do WhatsApp, golpe do sequestro, golpe do pix, e a lista continua. Nos últimos anos, o brasileiro viu novos formatos de fraudes pela internet surgirem, aumentando a sensação de insegurança do usuário no mundo digital. Mas será que é possível escapar dessa rede de esquemas criminosos?

Os dados são alarmantes: de acordo com o Relatório Global sobre Tendências de Fraude Digital Omnichannel 2023, feito pela companhia financeira TransUnion, o número de tentativas fraude digital no Brasil cresceu 144% desde o período pré-pandemia. O estudo analisou dados de 2019 a 2022.

Para Marcia Netto, CEO da empresa de segurança digital Silverguard, os números estão relacionados com o aumento das transações feitas por celular durante o período de isolamento social.

“Dados mostram que 79% das transações financeiras foram feitas no celular em 2022. Então na agência bancária móvel você já consegue receber um SMS, fazer o pix por ali, então está tudo no mesmo dispositivo. A mesma coisa com o WhatsApp, que também está no celular. Então é mais fácil, já que o acesso está todo no mesmo lugar”.

Um levantamento feito pela Silverguard mostrou que pelo menos 9% dos brasileiros já caíram em algum golpe por meio do celular. A pesquisa apontou também que, ao contrário do que muita gente pensa, jovens e idosos correm o mesmo risco de cair em golpes pela internet. A diferença é que com os idosos, o impacto costuma ser maior.

Idosos são os que mais perdem em golpes com Pix

O prejuízo médio de um golpe com pix de uma pessoa 60+ é quase oito vezes maior que o prejuízo de um brasileiro de 18 a 39 anos. “Isso acontece primeiramente porque eles tem mais dinheiro que os mais jovens. Quanto maior a faixa etária, mais dinheiro a pessoa tem porque já trabalhou e conseguiu juntar. O que acaba sendo muito cruel também, porque é um dinheiro que a pessoa trabalhou a vida toda e às vezes perde em um golpe”, explica Marcia Netto.

Ainda segundo o estudo, a média do prejuízo de um golpe com pix é de R$ 3 mil, o mesmo valor tirado da aposentada Sueli Damasceno em dezembro do ano passado. Ao BHAZ, ela contou que um golpista utilizou a foto de perfil do WhatsApp do filho para pedir uma transferência.

“Ele pediu ajuda para fazer um pagamento que não conseguia pelo aplicativo do banco, mas que me passaria o valor no outro dia. Eu olhei a foto e vi que era meu filho, não prestei atenção no numero do WhatsApp”, relembra.

Sueli continua dizendo que o criminoso pediu inicialmente por R$ 4 mil, mas ela informou que só tinha R$ 3,2 mil disponíveis naquele momento e fez a transferência. Mais tarde, ela ligou para o filho e teve uma surpresa ao descobrir que não tinha trocado mensagens com ele.

“A conversa é muito natural, eles agiram como se fossem realmente o meu filho. Me senti com vergonha de ter caído, porque a gente se sente impotente de isso acontecer. Nem é tanto o dinheiro, é a revolta, a vergonha de ser passada para trás, uma sensação muito ruim. Eu chorei e fiquei arrasada por uma semana”.

Netto alerta para linguagens bastante usadas por criminosos na hora de aplicar golpes: “eles usam muito o gatilho de urgência, dizendo que precisam do valor agora. Qualquer coisa muito apressada já pode ligar o radar, que possivelmente é golpe”.

Como evitar golpes digitais

A delegada da Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Propriedade Material e a Fraudes (CORF) da Polícia Civil do Distrito Federal, Isabel de Moraes faz algumas recomendações para que a população não caia em golpes pela internet.

“As principais recomendações são proteger os dados pessoais, usar senhas fortes e não compartilhá-las, utilizar a autenticação em dois fatores e antivírus e preferir navegar sempre em redes de wifi privadas. Outra sugestão é ser bastante criterioso com imagens e informações compartilhadas pelas redes sociais e não acessar links suspeitos de instituição financeira que ofereçam supervantagens”, informa a delegada.

Veja outras dicas para fugir dos golpistas:

1 – Use apenas o aplicativo e site do próprio banco 

A chave Pix só pode ser acessada na própria conta bancária. Então, sempre utilize esse meio de pagamento no aplicativo ou no site oficial do banco. 

Desconfie sempre de mensagens recebidas com links para acessar sites e baixar aplicativos de bancos. 

2 – Nunca informe a senha da conta ou cartão de crédito 

Alguns criminosos pedem, além da chave Pix, a senha da conta bancária ou do cartão de crédito do consumidor para supostamente fazer uma transferência. 

Mas lembre-se: chave Pix é diferente de senha. Ao fazer um pagamento com Pix o único dado que é preciso informar é a chave – nenhum outro dado pessoal é solicitado. 

3 – Não utilize internet pública para o pagamento via Pix 

 As redes de wi-fi públicas podem ser porta de entrada para criminosos que miram o vazamento de dados pessoais e bancários. Essa entrada é facilitada pela falta de segurança dessas redes públicas, que podem ser infestadas de vírus. 

Por isso, sempre que for utilizar o aplicativo ou site do banco para fazer a transferência via Pix, utilize a sua própria rede de internet. De preferência, instale antivírus nos computadores e dispositivos móveis. 

4 – Confira se o dinheiro do Pix caiu na conta na mesma hora 

Ao receber um pagamento via Pix, esteja com o aplicativo de banco acessível para conferir o extrato na hora da transação ou aguarde a compensação para confirmar. 

5 – Atenção aos QR Codes 

Uma das formas de realizar o pagamento por Pix é enviando ou recebendo QR Codes, o que elimina a necessidade de inserir uma chave Pix. 

Por isso, sempre confira os dados da conta de destino que constam logo abaixo do QR Code. Isso evita muitos golpes do Pix, que são enviados por esse tipo de código. 

6 – Desconfie sempre de pedidos de Pix por aplicativos de mensagem 

Sabe aquela mensagem suspeita do filho ou do amigo que chega de um número estranho no WhatsApp? A foto é a mesma, mas a mensagem é pedindo um valor de Pix? 

Isso é golpe e ocorre quando o WhatsApp da vítima é clonado. Por isso, não faça a transferência e tente verificar pessoalmente, se possível, se a mensagem é da pessoa ou não. 

Caí em um golpe do pix; e agora?

O Banco Central criou no final de 2021 um mecanismo especial de devolução do Pix. Ele é específico para a restituição de valores suspeitos de falhas operacionais dos bancos ou de fraudes. 

Na prática, a indicação é acessar o próprio aplicativo do banco para solicitar a devolução ou entrar em contato com ele em uma das agências ou canais de atendimento. Será preciso, portanto, verificar qual é o procedimento adotado pelo banco. 

Também é recomendado registrar um boletim de ocorrência para comprovar que foi vítima de crime, facilitando a análise do banco e a posterior devolução do dinheiro. 

Ao cair no golpe do Pix e saber como recuperar o dinheiro, portanto, siga os dois passos importantes: 

•   entre em contato com o banco e solicite a devolução; 

•   registre um boletim de ocorrência na polícia. 

A devolução do dinheiro pode ser solicitada até 90 dias depois da data da transação do Pix. O banco, então, notificará a instituição que recebeu a transferência suspeita para que os valores sejam bloqueados.  

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