A Justiça do Trabalho condenou uma revendedora de carros em Belo Horizonte a pagar R$ 5.000 por danos morais a um trabalhador demitido de forma discriminatória por usar dreads e tranças. A decisão teve como base um áudio gravado pelo ex-funcionário, no qual o supervisor afirma que o estilo visual do empregado gerava impasse na empresa por não se adequar às “normas” do ambiente corporativo.
O profissional, que atuava na área de marketing e não tinha contato direto com clientes, foi contratado em março de 2023 e demitido cerca de um mês depois. A Justiça reconheceu que a demissão foi motivada por discriminação relacionada à aparência e à identidade afrodescendente, considerando o uso de dreads como expressão cultural, espiritual e de resistência.
A empresa alegou que agiu dentro do seu poder diretivo, mas o Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais concluiu que houve discriminação e manteve a condenação, reduzindo o valor da indenização para R$ 5.000, em razão do curto vínculo empregatício.
Foto: Pixabay | Fonte: O Tempo