Trabalhadores da construção civil da Grande BH estão em greve. Segundo o sindicato, a categoria faz diversas reivindicações, dentre elas, reajuste de salário, melhores condições de trabalho e melhoria da cesta básica. A paralisação começou nesta segunda (17) e segue no terceiro dia.
De acordo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de BH e região (Sindicato Marreta) a principal reivindicação é o reajuste salarial, com pagamento integral do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
O diretor financeiro do Sindicato Marreta, que representa 150 mil trabalhadores de BH e região metropolitana, Márcio dos Santos Eduardo, alega que a manifestação é legítima. “Estamos agindo de forma cirúrgica. Nós corremos atrás do que está dentro da convenção, o que está fora é lucro e ganho”, afirma.
Outra reivindicação do grupo é a qualidade das cestas básicas. O diretor explica que o sindicato possui um selo de controle, que garante produtos de primeira qualidade para os trabalhadores. No entanto, segundo ele, algumas empresas não estão seguindo este controle.
Os trabalhadores também exigem melhores condições de trabalho e participação nos lucros e resultados das construtoras.
Márcio explica que os empreendimentos são de alto luxo. Segundo ele, em Nova Lima, por exemplo, os apartamentos não custam menos de R$ 3 milhões.
A categoria afirma que as construtoras, representadas pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon/MG), alegam que estão em negociação, mas as propostas dos trabalhadores nunca são atendidas.
Em nota, o Sinduscon-MG informou que recebe a greve com surpresa, uma vez que as negociações da convenção trabalhista do setor estão em andamento.
A entidade diz que reconhece a importância da convenção coletiva como instrumento essencial para as relações de trabalho, e informa que em 11 de janeiro deste ano foi realizada uma Assembleia Geral Extraordinária em que foi aprovada a antecipação do reajuste salarial a ser concedido à categoria.
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