O número de atropelamentos em Minas Gerais segue em ritmo alarmante. Apenas nos três primeiros meses de 2025, 79 pessoas morreram atingidas por veículos e outras centenas ficaram feridas, segundo dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). A média é de 15 ocorrências por dia.
Casos recentes envolvendo crianças e idosos reforçam o cenário de imprudência. Em muitos acidentes, motoristas não possuem habilitação, dirigem em alta velocidade ou sob efeito de álcool. Por outro lado, pedestres também contribuem para os riscos ao atravessar fora da faixa, desrespeitar sinais ou usar celular durante a travessia.
Levantamentos mostram que quase metade dos atropelamentos registrados em Belo Horizonte no último ano teve como causa principal a desatenção dos próprios pedestres. A capital registrou 297 casos no primeiro trimestre, com destaque para o Anel Rodoviário e principais avenidas como pontos críticos.
Especialistas alertam que, mesmo em velocidades permitidas, o impacto de um atropelamento pode ser fatal. A 60 km/h, por exemplo, o choque é comparável a uma queda de um prédio de 11 andares. Além disso, os acidentes representam enorme pressão sobre o sistema de saúde, com alta demanda por leitos de UTI e cirurgias.
Para conter o avanço dessas tragédias, os profissionais defendem mais educação para motoristas e pedestres, fiscalização efetiva e investimentos em engenharia de tráfego. Faixas de pedestres, sinalização adequada e controle de velocidade são apontados como medidas urgentes. Segundo eles, a cidade precisa priorizar a segurança do pedestre em qualquer planejamento viário.
Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
Fonte: Jornal Estado de Minas
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