Parados em frente à garagem da TransOeste desde as primeiras desta segunda-feira (24/1), motoristas e mecânicos da empresa dizem que só voltarão ao trabalho após a regularização de seus salários e demais benefícios trabalhistas.
A greve teve início hoje, quando mais de 22 linhas de ônibus pararam de circular na capital (veja abaixo a lista completa).
Segundo os trabalhadores, este mês, a concessionária propôs o pagamento do salário em duas parcelas, mas só quitou uma. Atrasos nos ordenados e outros benefícios seriam frequentes desde o início da pandemia.
“O salário atrasa mais de um mês há mais de um ano. As férias também não são pagas. Tem motorista que entrou de férias, já está voltando e ainda não recebeu nada, nem salário, nem férias. A situação está insustentável”, relata um condutor, que preferiu não se identificar.
‘Enquanto isso, as nossas contas não esperam. Chegamos ao nosso limite”, comentou outro funcionário, também sob condição de anonimato.
O movimento é apoiado pelo Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários de Belo Horizonte (STTR-BH). O presidente da entidade diz que os grevistas chegaram a ser abordados por funcionários do RH da TransOeste, que propuseram a quitaçao dos salários de apenas alguns trabalhadores.
“Uma minoria até chegou a receber, mas o movimento está mantido até que haja a regularização desta situação absurda para todos”, afirma Fábio Whashington Caldeira, membro da diretoria do STTR-BH.
Sem resposta
Procurada pelo Estado de Minas, a administração da TransOeste não se manifestou. No dia 13 de janeiro, ocasião em que 88 ônibus da viação também deixaram de circular, a empresa alegou dificuldades financeiras causadas pelo aumento do preço do óleo diesel e pela redução de passageiros.
O EM também procurou o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH). A instituição disse, por meio de nota, que está em contato com o consórcio Dez para tentar minimizar os impactos da paralisação.
Já a BHTrans não informou quais providências está tomando para contornar a situação, exceto que mantém agentes nas estações de ônibus para orientar os passageiros sobre opções alternativas de transporte.
Veja as linhas de ônibus fora de circulação em BH
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