O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou que a abstenção no segundo turno das eleições municipais deste ano alcançou 29,26% do eleitorado, o que equivale a 9,9 milhões de eleitores que não compareceram às urnas. Esse percentual é similar ao registrado durante a pandemia de covid-19, quando a abstenção foi de 29,53%.
O índice de ausência foi mais elevado em várias capitais, com Porto Alegre liderando a lista com 34,83% de eleitores ausentes. Outras cidades com altas taxas incluem Goiânia (34,20%), Belo Horizonte (31,95%), São Paulo (31,54%) e Curitiba (30,37%). Em São Paulo, isso representou a ausência de 2,9 milhões de eleitores.
Fatores como as enchentes no Rio Grande do Sul também contribuíram para o aumento da abstenção, com cidades como Canoas apresentando 35,72% de ausências. O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul, Voltaire de Lima Moraes, ressaltou a importância de investigar as razões por trás das taxas de abstenção, especialmente nas cidades afetadas por desastres.
A presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, anunciou que um levantamento sobre a abstenção será realizado e concluído até a diplomação dos eleitos em dezembro. Os eleitores que não compareceram têm até 7 de janeiro de 2025 para justificar sua ausência, utilizando preferencialmente o aplicativo e-Título. A não justificativa em três turnos consecutivos pode resultar na suspensão ou cancelamento do título de eleitor.
Fonte: Agência Brasil