sexta-feira, 10 de maio de 2024

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Turismo em Minas Gerais tenta reagir às perdas provocadas pela pandemia

Por Dentro De Tudo:

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Passados quase 12 meses do início da pandemia da Covid-19 no Brasil, alguns setores da economia ainda tentam se reerguer. É o caso do turismo, em Minas Gerais, que acumulou perdas significativas em 2020 e recebeu um aporte de R$ 500 mil do governo federal em dezembro do ano passado. A proposta é que a verba seja utilizada como estímulo para a retomada das atividades do setor entre fevereiro e abril deste ano.

Um relatório da Confederação Nacional de Comércio, Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgado no dia 13 de janeiro, aponta o prejuízo de R$ 21,65 bilhões na cadeia do turismo mineiro, a terceira maior perda de receita do país. O estado só fica atrás de São Paulo (R$ 94,12 bi) e Rio de Janeiro (R$ 39,7 bi). O cenário é refletido até mesmo pela movimentação em aeroportos mineiros, que foi 57,7% menor em 2020 do que em 2019.

O tamanho da crise acaba refletindo nos postos de trabalho. De acordo com a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), o saldo de empregos formais no setor ficou negativo em 2020. O resultado preliminar do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que ainda não considera o mês de dezembro, traz o fechamento de 37.250 vagas, anteriormente ocupadas. Isso para um setor que ainda luta pela formalização de muitos postos de trabalho, o que pode resultar em um cenário ainda pior.

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Retomada

Os números levaram à elaboração de um plano de investimentos. Segundo a Secult, a ideia é que as campanhas publicitárias “Minas para Minas” e “Minas para o Brasil” sejam lançadas ainda no início do ano, com veiculação em cadeias de rádio, televisão e internet. É aí que entra a quantia recebida do Ministério da Cultura.

Para o professor Rodrigo Burkowski, do programa de mestrado em Turismo e Patrimônio da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), a retomada do setor se dará de acordo com o tipo de viagem que será incentivada.

“Estudos apontam que as pessoas tendem a viajar de carro, até 250km. Seria uma viagem de final de semana, como sair de BH na sexta e voltar no domingo à noite ou segunda de manhã”, avaliou.

Outra possibilidade, segundo o Burkowski, é a exploração das unidades de conservação. O professor conta que existem parques e reservas em todo o estado, com capacidade ociosa de visitação até mesmo no período anterior à pandemia. “Têm potencial muito grande para a retomada das atividades”, afirmou.

Da Redação.

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