A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) está buscando pessoas para testar medicamentos antivirais no tratamento da COVID-19. Podem participar da pesquisa adultos entre 18 a 50 anos que tenham apresentado sintomas da doença há menos de quatro dias.
As inscrições foram iniciadas no último dia 24, e os interessados devem ligar ou enviar mensagem para o número (31) 99509-7634. O recrutamento seguirá enquanto durar o pico da COVID-19 e até completar cerca de 200 participantes.
Antivirais já usados no tratamento de diversas doenças serão testados no combate à COVID-19. O projeto é coordenado pelo professor Mauro Teixeira, do Departamento de Bioquímica e Imunologia do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG.
O acompanhamento dos pacientes será feito no Centro de Saúde Jardim Montanhês, na Rua Leopoldo Pereira, na Região Noroeste de Belo Horizonte.
A etapa laboratorial é desenvolvida no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos e no Laboratório de Biologia Integrativa do ICB, com financiamento da Wellcome Trust, em colaboração com a Universidade Oxford/Moru Tropical Health.
VACINA Na sexta-feira (25/11) a UFMG deu início aos testes clínicos da primeira vacina brasileira contra COVID-19, que começou a ser testada em humanos. A expectativa é que o imunizante, desenvolvido pelo Centro de Tecnologia de Vacinas (CTVacinas), órgão vinculado à universidade mineira, esteja disponível para o público a partir do primeiro semestre de 2024.
Até lá, os testes clínicos seguem em três etapas. As duas primeiras fases, que ocorrem em Belo Horizonte, envolvem 432 voluntários. O cadastro foi aberto no dia 17 de novembro. Em menos de dez dias, mais de mil pessoas se inscreveram para participar.
O primeiro a tomar a vacina, batizada de SpiN-Tec, foi o estudante João Victor Rodrigues Pessoa Carvalho, de 24 anos, mestrando em microbiologia da UFMG.
Os testes iniciais devem ser concluídos em meados de 2023. Terminadas as primeiras fases, o grupo que desenvolve a SpiN-Tec enviará os relatórios do estudo para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que dará aval para a terceira e última etapa. Essa fase deve envolver mais de 4 mil voluntários de várias partes do Brasil. A previsão dos pesquisadores é que a vacina seja aprovada somente em 2024.