A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) é a 6ª melhor universidade do Brasil e nona da América Latina, segundo ranking divulgado na semana passada pela Times Higher Education (THE), revista britânica especializada em educação. O levantamento avaliou 2.092 instituições distribuídas por 115 países e territórios.
O levantamento se baseia em 13 indicadores de performance, agrupados em cinco categorias: Ensino (ambiente de aprendizado), Pesquisas (quantidade, investimentos e reputação), Citações (influência e alcance da sua produção científica), Internacionalização (cooperação e intercâmbio de docentes e estudantes) e Indústria (capacidade de uma universidade de contribuir com o setor industrial por meio de inovações, invenções e consultorias).
O primeiro lugar do mundo, pelo oitavo ano consecutivo, é a Universidade de Oxford, na Inglaterra. Logo depois, aparece o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, seguido pela Universidade de Harvard, ambas nos Estados Unidos. Entre as brasileiras, as mais bem colocadas são, em ordem: Universidade de São Paulo (USP), Universidade de Campinas, Universidade Federal do Rio de Janeiro, PUC-Rio, Universidade Federal do Rio Grande do Sul e, então, a UFMG.
Considerando a visão global, a federal mineira aparece na posição 294 entre as universidades que oferecem o melhor ensino do mundo. A posição estaria relacionada a outra dimensão muito valorizada pela agência britânica: a reputação institucional.
Segundo o professor Dawisson Belém Lopes, diretor do Escritório de Governança de Dados Institucionais da UFMG, o THE é visto como um dos mais tradicionais rankings do mundo, que adota uma regra de corte bastante restritiva. “Para figurar nessa lista, a instituição precisar contar, no mínimo, com mil artigos publicados na base Scopus nos últimos cinco anos. Estar nele já é uma vitória”, avalia.
Práticas exemplares
Outra classificação organizada pela THE, na qual a UFMG se destacou já na sua estreia, é o Impact Rankings de 2024, que avalia o desempenho de instituições de ensino superior de todo o mundo em ações relativas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas. Nele, a Universidade figura entre as 25% melhores instituições do mundo e como a melhor universidade brasileira nos ODS 3 (Boa Saúde e Bem-estar) e 10 (Redução de Desigualdades).
Em nota publicada nessa quinta-feira (17), a reitora Sandra Goulart de Almeida destacou a importância do financiamento das universidades brasileiras. “Há mais de uma década nossos orçamentos vêm sendo sistematicamente deteriorados. E hoje somos maiores, mais inclusivos e melhores com um orçamento que não acompanha a qualidade e o impacto da nossa Instituição. Necessitamos de financiamento sustentável e crescente, se quisermos que nossas universidades tenham desempenho compatível com as melhores instituições do mundo e ofereça uma educação de qualidade e de referência para a sociedade”, alertou.
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