UFMG e BH fazem diagnóstico inédito da população LGBT+ acima de 60 anos

Por Dentro De Tudo:

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Quem são as mulheres lésbicas, os gays e transexuais acima de 60 anos em Belo Horizonte? Que tipo de políticas públicas alcançam estas pessoas? Como é a vida familiar deste grupo? E a sexualidade? Para responder estas e outras dúvidas, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) iniciou um diagnóstico inédito na capital mineira.

Realizado a pedido da prefeitura de Belo Horizonte, o objetivo do levantamento é detalhar o processo de envelhecimento de mulheres lésbicas, gays, travestis, pessoas trans e de outras identidades de gênero e sexualidades que vivem na cidade.

O estudo vai levantar múltiplas questões, como perfil socioeconômico, estrutura e histórico de perda de vínculos familiares, saúde mental e adoecimento na velhice, violação dos direitos e violência, sexualidade e casamento, consumo e turismo.

De acordo com uma das coordenadoras da pesquisa, a doutoranda em sociologia Cyrana Borges, a população idosa LGBT+ sofre duplo processo de estigmatização e invisibilização, o que dificulta que sejam identificadas e alcançadas.

“É uma população muito estigmatizada, que tende a ficar dentro do armário muito mais do que jovens e adultos. Existe o estigma da própria velhice e o fato de que ninguém vê uma pessoa velha como não heterossexual”, afirmou.

A proposta, segundo a pesquisadora, é fomentar políticas públicas específicas para este grupo. “É um desafio muito grande, uma pesquisa muito inédita, que vai fomentar políticas públicas para esta população, conhecendo as suas necessidades”.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

O diagnóstico terá dois momentos: preenchimento do questionário on-line e, posteriormente, entrevista com a equipe para aprofundamento dos pontos levantados na primeira etapa. A intenção é avaliar um grupo de, no mínimo, 100 pessoas.

“A gente garante anonimato para entrevistas. É uma etapa importante para saber sobre os hábitos, que tipo de política pública, o que sente falta nesta idade na saúde, lazer, no turismo”, afirmou.

Mais informações podem ser encontradas nos perfis do Diverso no Facebook e no Instagram e solicitadas pelo e-mail [email protected] ou pelos telefones (31) 99428-9191 e (31) 92002-8117.

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