Pesquisadores da Universidade Federal de Ouro Preto iniciaram uma nova fase de análises sobre o fóssil chamado “Homem de Lagoa Santa”, um crânio com idade estimada entre 10 mil e 12 mil anos que integra o acervo do Museu de Ciência e Técnica da Escola de Minas. O material foi descoberto em 1939 por estudantes da instituição durante uma expedição científica na região de Lagoa Santa.
A pesquisa atual envolve a coleta de amostras ósseas feita por um arqueólogo da Universidade de São Paulo, dentro de uma parceria entre UFOP, USP e Instituto Max Planck, da Alemanha. A nova etapa inclui extração de DNA antigo, datação por radiocarbono e análises isotópicas para investigar ancestralidade, hábitos alimentares e características ambientais dos primeiros grupos humanos que habitaram o território brasileiro. As comparações com outros achados da região, como o fóssil Luzia, também devem trazer novas pistas sobre o povoamento do continente.
O museu, responsável pela preservação do fóssil desde a década de 1930, reforça que o material exige extremo cuidado durante todo o processo de estudo. A instituição se prepara para reabrir em 2025, ano que marca os 150 anos da Escola de Minas, com novos espaços expositivos e ações voltadas à pesquisa e à formação científica.
Crédito da matéria: Itatiaia
Fonte da foto: Escola de Minas / UFOP

















