Cerca de uma em cada cinco crianças e adolescentes em todo o mundo apresenta sinais de transtorno alimentar, de acordo com estudo publicado na revista científica JAMA Pediatrics.
Os cientistas destacam que se trata de um sério problema de saúde pública que, muitas vezes, é subnotificado e subestimado.
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A pesquisa resulta da revisão e análise de 32 estudos de 16 países. Segundo a emissora americana CNN, os resultados apontam que 22% das crianças e adolescentes podem ter comportamentos alimentares desordenados, especialmente entre meninas, adolescentes mais velhos e aqueles com índice de massa corporal (IMC) elevado. São problemas semelhantes a distúrbios alimentares.
Ainda pior, o comportamento alimentar desordenado pode não ser adequadamente tratado, já as crianças tendem a esconder os sintomas ou evitar procurar ajuda devido ao estigma, de acordo com o estudo.
De qualquer forma, é importante salientar que a pesquisa é limitada, pois se baseia em dados de autorrelatos das crianças e adolescentes sobre o comportamento alimentar.
Agora, segundo o pesquisador José Francisco López-Gil, da Universidade de Castilla-La Mancha, na Espanha, principal autor do estudo, citado pela CNN, é preciso investigar o que está causando os transtornos nos jovens. Mas, enquanto isso, os cientistas esperam que as instituições e as famílias se concentrem em identificar e ajudar as crianças que apresentem sinais de distúrbios alimentares.
Sinais da alimentação desordenada
Adultos devem estar atentos aos sinais de transtornos alimentares tanto em si mesmos quanto em seus filhos, alerta López-Gil.
Esses comportamentos podem incluir obsessão com o peso ou a forma do corpo, autoimagem distorcida, regras rígidas na escolha dos alimentos, compulsão e vômitos, acrescenta o cientista espanhol.
A alimentação desordenada também pode estar ligada à restrição de grupos de alimentos que uma pessoa está disposta a comer, além de sentimento de ansiedade ou vergonha quando as “regras” são quebradas. Deixar de ir a eventos sociais ou insistir para levar o próprio alimento também pode ser sinal de problema.
Embora os números tenham sido maiores em adolescentes e pessoas com IMC mais alto, os transtornos alimentares afetam pessoas de todos os gêneros, raças, etnias, orientações sexuais e tamanhos, podendo ser subdiagnosticados, lembra a emissora americana.
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