Um alerta de grande perigo devido à baixa umidade do ar foi emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) nesta sexta-feira (14/10). No Norte de Minas, 26 cidades estão com a umidade abaixo dos 12%, o mesmo nível de umidade do ar de desertos, como o do Saara, na África.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o índice de umidade adequado à um ser humano varia entre 50% e 80%. Com a umidade do ar bem abaixo do nível recomendo, o desconforte é quase que instantâneo.
A pneumologista da Saúde no Lar, Michelle Andreada, explica que, com o tempo seco, a baixa umidade e o calor intenso, há mais dificuldade de dispersão de gases poluentes o que provoca um aumento do ressecamento das mucosas e o risco de infecções virais e bacterianas, crises de asma, de alergias, desidratação e problemas nos olhos.
O horário crítico, segundo Michelle, é entre 15h e 16h, e os incômodos se tornam mais evidentes como, por exemplo, a sensação de cabeça pesada, ardor nos olhos, fadiga, ressecamento da pele, sangramento nasal, crises de rinite alérgica, além da boca e garganta secas.
Independentemente da idade e do sexo, todos acabam sofrendo com as consequências do tempo e seco e devem ficar alertas para alguns cuidados e precauções.
Entre os cuidados citados pela médica, estão:
Evitar exercícios físicos ao ar livre nos períodos mais secos Usar recipientes com água, vaporizadores ou toalhas com o intuito de umidificar o ambiente Ficar longe do sol Aplicar soro fisiológico no nariz Usar roupas que facilitam a transpiraçãoEvitar o consumo de comidas pesadas e de difícil digestão Beber muita água Evitar ambientes fechados ou com aglomeração
Michelle salienta que alguns grupos, como idosos e crianças, devem redobrar a atenção por apresentarem o sistema imunológico mais frágil.
“O clima seco faz com que nosso organismo perca mais líquido e o sangue fique com uma concentração menor de água, tornando-se mais viscoso. Como idosos não consomem a quantidade de água necessária ao longo do dia, a falta de líquido pode agravar problemas cardíacos, principalmente em hipertensos e pessoas com doenças cardíacas preexistentes, além de aumentar o risco da formação de trombos, que impedem a circulação do sangue, resultando em consequências mais graves.”
*Estagiária sob supervisão