O governo federal anunciou nesta terça-feira (16), em coletiva no Ministério da Saúde, a unificação do Cartão SUS ao CPF. A medida, prevista na Lei nº 14.534/2023, estabelece o CPF como identificador único no Sistema Único de Saúde (SUS), substituindo cadastros paralelos. A iniciativa integra a Estratégia Nacional de Governo Digital e busca reduzir burocracia, combater fraudes e fortalecer a identidade digital dos cidadãos.
Segundo a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, a mudança transforma o CPF em um dado central de cidadania. “O CPF deixou de ser apenas um registro fiscal e passou a representar cada pessoa no Brasil. Isso garante mais integração entre sistemas e facilita o acesso aos serviços públicos”, afirmou.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressaltou o impacto direto na gestão do SUS. “Com a integração do sistema, damos um passo importante para combater desperdícios e otimizar recursos, assegurando atendimento mais eficiente e inclusivo para a população”, destacou.
A unificação permitirá que áreas como saúde, educação, assistência social e trabalho compartilhem informações de forma integrada, garantindo uma visão completa do histórico de cada cidadão. O processo também inclui a inativação de cadastros duplicados ou inconsistentes. Até abril de 2026, a meta é alcançar 229 milhões de registros ativos, alinhados ao número total de CPFs existentes no país.
Na prática, a integração vai simplificar o acesso a serviços como a Carteira Nacional de Vacinação Digital, o Programa Farmácia Popular e os prontuários eletrônicos. Em casos específicos, como atendimento a pessoas em situação de rua ou estrangeiros sem CPF, será possível criar um cadastro temporário para garantir atendimento.
De acordo com o governo, já foram eliminados 54 milhões de registros duplicados e a expectativa é limpar cerca de 11 milhões por mês.
Crédito da foto: Adalberto Marques.
Fonte: Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos / Ministério da Saúde.
