A Universidade Federal de Lavras (UFLA), no Sul de Minas Gerais, é a única instituição no Brasil autorizada a realizar projetos de pesquisa com cannabis medicinal geneticamente modificada. O certificado foi concedido pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
A UFLA já possuía autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para pesquisas de cultivo in vitro de cannabis medicinal. Agora, a universidade poderá criar variedades com perfis específicos de canabinoides, visando otimizar a produção de compostos terapêuticos e melhorar a eficácia dos tratamentos médicos.
Vanessa Cristina Stein, coordenadora do Centro Biotecnológico de Plantas Psicoativas (CBPP), destacou que essa autorização abre portas para novas pesquisas inovadoras, com grande potencial para a evolução da medicina e a democratização de tratamentos com cannabis.
A Cannabis sativa L., conhecida como maconha, contém mais de 400 substâncias químicas, sendo que 60 delas se classificam como canabinoides. O THC (tetra-hidrocanabinol) é uma das substâncias com uso medicinal mais estudadas, sendo eficaz no tratamento de condições como dor crônica, náuseas, ansiedade, inflamação e epilepsia.
No Brasil, o uso medicinal do THC é permitido desde que haja prescrição médica, com produtos podendo ser adquiridos em farmácias com receita especial ou por meio de importação.
Fonte: O TEMPO
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