Embora o descongestionante nasal pareça uma solução rápida e eficaz para o alívio da congestão nasal, seu uso descontrolado pode causar sérios danos à saúde. A utilização frequente e sem orientação médica pode levar a uma série de problemas, como dependência, rinite medicamentosa, aumento da pressão arterial, problemas cardíacos, danos à mucosa nasal e até complicações oculares.
A substância vasoconstritora presente nos descongestionantes atua para diminuir o calibre dos vasos sanguíneos nas narinas, proporcionando alívio imediato. No entanto, o uso prolongado gera o chamado “efeito rebote”, onde a vasodilatação reflexa ocorre após o efeito do medicamento passar, piorando a congestão nasal e criando um ciclo vicioso. Além disso, a tolerância ao medicamento faz com que sejam necessárias doses cada vez maiores para obter o mesmo efeito.
Pessoas viciadas em descongestionantes nasais costumam apresentar sintomas como entupimento nasal persistente, uso constante do medicamento, secura nasal e aumento da dose para manter o alívio. O uso excessivo pode danificar a mucosa nasal, causando irritação, ressecamento e até lesões nas narinas.
Outro risco é o aumento da pressão arterial e problemas cardíacos devido à ação vasoconstritora do medicamento, além de problemas oculares, como aumento da pressão intraocular, particularmente em pessoas com glaucoma. O uso também é contra-indicado para grupos de risco, como hipertensos, gestantes, lactantes, crianças pequenas e diabéticos.
Para tratar o vício, é necessário interromper gradualmente o uso do medicamento e, se necessário, recorrer ao uso de antialérgicos e antiinflamatórios. É importante procurar um médico se a congestão persistir para avaliar a causa subjacente e buscar alternativas mais seguras.
O uso seguro de descongestionantes nasais deve ser limitado a três a cinco dias. Em caso de congestão persistente, é essencial procurar orientação médica para encontrar tratamentos mais adequados e evitar o uso contínuo de medicamentos.