O Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP) confirmou a ocorrência de três tremores de terra em pouco mais de 24h em Sete Lagoas, na região Central de Minas Gerais. Os terremotos, que vem ficando cada vez mais frequentes no município desde o fim de abril, e levaram a prefeitura a criar um grupo de trabalho para apurar o que estaria os causando.
Os dados da universidade paulista indicam que o último registro, ocorrido às 00h38 desta terça, já é o quinto tremor com epicentro na cidade . Ele teve uma magnitude de 2.2 na escala Richter, o que é considerado pequeno e se compara a tremores causados por veículos pesados ao passar em uma via.
Os outros abalos foram registrados às 15h de segunda-feira (30), com magnitude de 2.1, e às 22h35 do domingo (29), desta vez com menor intensidade, uma magnitude de 1.7. O quarto tremor registrado em maio foi no dia 16, por volta de 2h20, também com magnitude 2.1.
Grupo pretende apurar eventos
Por conta da grande frequência das ocorrências, a Prefeitura de Sete Lagoas publicou uma portaria na segunda para criar um “grupo de trabalho para elaboração de análise e relatório de avaliação de vulnerabilidade sísmica do município”.
O grupo pretende reunir especialistas e representantes de outros órgãos e entidades públicas ou privadas. “Poderão integrar o Comitê, como membros técnicos especialistas externos, membros das universidades federais locais e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)”, detalha o município. Além disso, membros de secretarias municipais e da Defesa Civil da cidade também integrarão o grupo.
“Estamos em busca da instalação, em breve, de um sismógrafo remoto em Sete Lagoas, por meio da parceria com pesquisadores do Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP) ou do Observatório Sismológico da UnB (Brasília). Assim, poderemos ter dados mais precisos e com base científica sobre os recentes tremores”, afirma o secretário de Meio Ambiente e presidente do Grupo de Trabalho, Edmundo Diniz.