Estamos perto do fim do ano e apenas a vacina BCG, usada para prevenir formas graves da tuberculose em bebês menores de 1 ano, atingiu a meta de imunização no país, que é de 90%. Apesar do bom resultado geral, as regiões Sul e Sudeste não têm atingido o índice recomendado dos imunizantes pediátricos, de acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
2Assim como é visto no cenário nacional, a cobertura da BCG em Minas é a melhor entre todas as vacinas do calendário infantil.Publicidade
Até 28 de novembro, outras 15 unidades federativas registravam vacinação acima de 90%: Rondônia, Amazonas, Roraima, Amapá, Tocantins, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.
Os dados são do Programa Nacional de Imunizações (PNI), divulgados pela Fiocruz, e não trazem números favoráveis quando se trata das demais coberturas vacinais do público infantil. Dados preliminares do PNI indicam que o Brasil ainda não atingiu a meta de cobertura vacinal para a maioria dos imunizantes pediátricos do calendário 2022.Publicidade
Segundo o Observa Infância (Fiocruz/Unifase), o cenário mais grave é registrado entre as vacinas aplicadas após 12 meses de vida – tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), tetraviral (que inclui a primeira dose da varicela, além de sarampo, caxumba e rubéola) e hepatite A – que estão com cobertura inferior a 50%.
Metas
A meta anual é vacinar 90% dos bebês menores de 1 ano com a BCG. Para a febre amarela, a meta é 100%, enquanto para os demais imunizantes do calendário básico a meta estipulada pelo Ministério da Saúde é de 95%.
A tríplice viral, aplicada a partir dos 12 meses, tem a menor cobertura do calendário básico infantil. Segundo os dados disponíveis até novembro, duas de cada três crianças no Brasil não completaram a imunização contra sarampo, caxumba e rubéola ao longo do segundo ano de vida.
Os dados foram coletados em 28 de novembro de 2022. O balanço completo pode ser conferido aqui.